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Gestão

Matriz BCG: o que é, para que serve e como usar essa ferramenta?

Por Jessica Azevedo

2 anos atrás
Imagem ilustrativa de matriz bcg

A Matriz BCG é uma ferramenta de análise de produto que ajuda empresas a gerirem recursos e otimizar o faturamento do negócio. Apesar de simples, essa metodologia pode gerar ótimas percepções e dar suporte ao planejamento estratégico.

Saiba como a Matriz BCG pode ser uma ferramenta incrível para a gestão do seu negócio! Entenda como a prática ajudar a avaliar produtos com precisão.

Em um mundo totalmente digitalizado e automatizado, algumas análises simples e criadas há décadas ainda podem ter espaço. Isso acontece, especialmente, quando estamos falando de técnicas altamente eficazes, caso da Matriz BCG. Sua aplicação é essencial para a tomada de decisões, sobretudo no trabalho com produtos.

Por vezes, pensar em um produto pode parecer fácil. Afinal, tudo que se precisa é uma boa ideia, certo? Bem, não é tão simples. Mesmo as mais inovadoras concepções precisam ser pensadas do ponto de vista mercadológico. E é nesse momento que a Matriz BCG surge como um exercício eficiente para uma análise mais realista.

Sente que precisa desse tipo de análise no seu cotidiano de trabalho? Então este é o conteúdo certo para você! Ao longo dele você descobre com mais detalhes o que é a Matriz BCG, como funciona e como aplicá-la da melhor maneira no seu produto!

O que é Matriz BCG?

Matriz BCG é uma técnica de análise de produto utilizada para mensurar o impacto de um produto em seu público consumidor. Assim, torna-se possível entender o nível de aceitação dessa oferta, o que permite tomar melhores decisões.

Essa é uma prática criada pela consultoria estadunidense Boston Consulting Group, na década de 70. O responsável por sua ideação, Bruce Henderson, era também o fundador do grupo e, ao longo da sua vida, teve grande contribuição para a gestão de negócios. Sem dúvidas, a Matriz BCG foi um de seus conceitos mais bem-sucedidos, ocupando um lugar de destaque em um rol que conta com outras, como a Análise SWOT.

Essa ferramenta foi pensada a partir de duas bases essenciais: primeiramente, a necessidade de manter um portfólio de produtos que fizesse sentido para o negócio, do ponto de vista histórico. Além disso, havia também a necessidade de entender como esses produtos poderiam sobreviver ao mercado e ainda se manterem sustentáveis.

A perspectiva da Matriz BCG parte do entendimento de que produtos precisam dispor recursos controlados e, em paralelo, terem um ciclo de vida estendido. Por isso, as avaliações consideram os custos de um produto, sua capacidade de trazer lucro e também sua capacidade de atender às dores das personas da marca.

Como funciona?

A Matriz BCG analisa o produto em dois blocos: potencial de crescimento (o quanto o produto traz de lucro) e participação no mercado (o nível de esforço necessário para que o produto siga sendo um sucesso. Esses blocos são projetados em um quadrante onde os produtos serão posicionados de acordo com a análise sobre cada um deles.

A representação gráfica por meio desse quadrante não significa apenas uma ilustração acessória, mas sim, parte da ferramenta.

O quadrante conta com as categorias de produtos, que são analogias que nos ajudam a classificá-los de maneira simples e de rápida identificação. A seguir, explicamos cada uma dessas categorias, o que ajudará a entender a percepção que a Matriz BCG permite ter sobre cada produto ou serviço.

Vaca leiteira

Essa é uma expressão bastante comum na língua portuguesa e já mostra imediatamente o que esse tipo de produto representa. São aqueles capazes de trazer altos índices de faturamento para a empresa, já estão estabilizados no mercado e exigem pouco da empresa. Ou seja, constituem um cenário perfeito quando analisamos um produto.

Esse tipo de mercadoria ou serviço já apresenta resultados sólidos e satisfatórios há algum tempo, sendo na maioria das vezes, a principal fonte de renda da empresa. Além disso, produtos do tipo vaca leiteira têm grande aceitação no mercado, o que exige poucos esforços e investimentos em termos de campanhas de marketing e engajamento.

Estrela

Produtos estrela são aqueles que têm um bom índice de lucro, os tornando viáveis e fazendo com que sejam interessantes para a empresa. Mas como contrapartida, demandam maiores esforços para que seja possível bater metas e seguir relevantes no mercado. Isso significa que campanhas de marketing mais bem elaboradas são ideais.

Além de boas estratégias, também há a necessidade de investir dinheiro nessas campanhas. Isso acontece, geralmente, porque são produtos que têm concorrência importante no mercado, ainda que sejam fortes e tenham boa aderência do público. De um modo geral, é uma categoria bastante comum e vale tê-lo no mix de produtos.

Ponto de interrogação

Naturalmente, nem sempre uma análise de mercado e mensuração de resultados vai trazer respostas 100% claras e precisas. Isso também se aplica aos produtos e, quando acontece, os classificamos como ponto de interrogação. Na prática, significa que não é possível ter dados e percepções mais confiáveis, geralmente, por causa do tempo de mercado.

Portanto, o produto ponto de interrogação é aquele recém-lançado, em que ainda se busca uma resposta mais concreta por parte do público. Se as projeções foram boas e feitas em bases sólidas, então vale a pena manter esse tipo de oferta. Afinal, pode ser que os resultados, no momento certo, tragam respostas positivas sobre o produto.

Abacaxi

Produtos abacaxi são um verdadeiro problema para as empresas. Isso, graças a uma combinação muito específica: não rendem muito lucro para o negócio e ainda demandam grandes esforços operacionais e financeiros. No fim das contas, se há lucro, a margem é baixíssima, não valendo o trabalho e a aplicação de capital que o produto exige.

É claro que, em alguns casos, esses produtos podem ser repensados para que essa relação de custo-benefício melhore. Há casos em que o produto tem um bom volume de vendas, mas ainda assim, custa muito para a empresa e traz margens de lucro baixas. Nesses casos, é importante avaliar se o reposicionamento do produto custará pouco. Do contrário, é melhor descontinuá-lo.

Quando fazer uma análise BCG?

Uma das dúvidas mais recorrentes em relação à Matriz BCG é quando exatamente aplicar essa ferramenta em uma empresa. Por mais que não haja momentos “certos” para isso, há alguns períodos em que seu uso pode potencializar resultados. Veja!

No início de uma nova gestão

Uma nova gestão sempre trará novas ideias e revisará processos. Isso é bastante comum, mesmo que a empresa tenha bons resultados. A verdade é que sempre há espaço para melhorias, o que estará, certamente, no rol de ações da nova gestão.

Já que é um momento de mudanças, então faz todo sentido rever o rol de produtos da empresa e analisá-los do ponto de vista mercadológico, considerando os resultados. Assim, ajustes estratégicos podem ser realizados em um momento oportuno.

Em momentos de replanejamento

Gestores também vão perceber que a empresa pode precisar de uma revisão de suas ideias, algo que passa pelos produtos. O ideal é que isso não seja feito como consequência de resultados ruins, mas como mecanismo de antecipação disso.

Entretanto, é bastante comum que esse replanejamento aconteça como uma tentativa de retomar os melhores resultados. Se assim acontecer, aplicar a Matriz BCG é fundamental. Isso ajudará o negócio a perceber quais produtos ajudarão a alcançar objetivos.

No início de um novo ano

O planejamento anual do negócio é sempre realizado no fim do ano anterior, planejando os próximos 12 meses que estão por vir. Esse é um ótimo momento para olhar para dentro da empresa e analisar qual papel cada produto está ocupando no momento.

A grande vantagem de aplicar a Matriz BCG nesse momento é a possibilidade de realizar um planejamento a médio prazo. Assim, há uma boa margem de recuperação, de retorno após implementações e também para observar o desempenho de alguns produtos.

Quais as vantagens da Matriz BCG?

Essa ferramenta possibilita que empresas tenham ganhos estratégicos importantes considerando o mercado. Consequentemente, quando esses objetivos são alcançados, há conquistas de ordem financeira, com a expansão do patrimônio do negócio.

Destrinchar melhor essas vantagens pode ajudar você a compreender como elas geram impactos positivos para uma empresa. Acompanhe!

Vantagem competitiva

Empresas que conseguem direcionar melhor seus esforços em relação a produtos podem ter uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes. Isso acontece quando há maior atenção e foco no que realmente pode trazer os resultados esperados. Assim, ao melhor gerir esforços e investimentos, o negócio compete somente com produtos qualificados.

Essa vantagem acontece de várias formas, mas principalmente, com o crescimento de faturamento. Mais dinheiro significa melhores investimentos no desenvolvimento do negócio. E quanto maior o impacto positivo da Matriz BCG na empresa, maior seu crescimento. Isso torna a companhia mais competitiva e pode levá-la ao topo do mercado.

Equilíbrio financeiro

Alcançar um patamar financeiro marcado pelo equilíbrio requer esforços coletivos por parte dos departamentos de uma empresa. E para conseguir isso, é indiscutível a necessidade de revisar os produtos comercializados pelo negócio. Por exemplo, alguns deles podem estar custando muito e retornando pouco, ou seja, sendo abacaxis.

Uma empresa que trabalha ativamente em ações para analisar seu status financeiro e sempre utilizá-lo, certamente terá a Matriz BCG como uma ferramenta essencial. De tempo em tempo, avaliar as ofertas da empresa garantirá manter apenas os produtos que fazem sentido do ponto de vista financeiro. Esse é o melhor caminho possível!

Obtenção de insights

As avaliações de produto podem ser também importantes para capturar insights sobre mercado e público. Portanto, a matriz nunca será apenas uma ferramenta que trará uma percepção única sobre algo específico. Sempre haverá a captação de informações que vão dar ao negócio uma visão mais clara sobre questões essenciais a longo prazo.

A tendência é que a aplicação contínua dessa ferramenta ajude a empresa a ter um conhecimento mais amplo sobre o próprio negócio. Isso ajudará na concepção de produtos melhor alinhados às necessidades do público e ao que o mercado entrega. Como consequência, haverá melhor gestão de recursos e uma aplicação de esforços mais estratégica.

Como fazer uma Matriz BCG?

Certamente, esta é uma dúvida que veio com você até a leitura deste post, mas que esperamos que seja solucionada neste tópico. Conheça o processo de aplicação da Matriz BCG e entenda como colocá-la em prática na rotina da sua empresa.

Liste os produtos de análise

O primeiro passo é o mais simples: você precisará listar os produtos que sua empresa tem hoje. Sem exceção, todos precisam ser relacionados junto com algumas informações simples, sendo as principais:

  • nome;
  • custo de produção/aquisição;
  • market share;
  • margem de lucro por unidade vendida.

A partir dessa lista, você conseguirá criar uma base de tudo que a empresa comercializa e, a partir disso, fica mais fácil fazer uma análise individual. A propósito, é recomendável criar uma planilha para esses produtos, ou fazer isso dentro do sistema de gestão, de maneira mais prática.

É importante que a lista traga essas características, além de um campo para que se possa inserir a classificação do produto dentro do conceito da Matriz BCG.

Defina os objetivos

Toda empresa tem objetivos em que os produtos são o que farão com que essas metas sejam conquistadas. Por isso, é fundamental definir onde se deseja chegar com cada produto, para assim ter, acima de tudo, expectativas alinhadas. Depois disso, fica mais fácil traçar uma estratégia bem construída para o ciclo de vida de cada um dos produtos.

Esses objetivos podem ser vários, entre eles:

  • gerar determinada margem de lucro;
  • aumentar o market share da empresa;
  • colocar a empresa como player em um novo mercado;
  • garantir um espaço em uma categoria, como a de entrada;
  • aumentar o faturamento da empresa.

Independentemente do objetivo, a Matriz BCG precisa ser feita já com o conhecimento do que esperar desse produto. Assim, ficará mais fácil encaixá-lo dentro de uma classificação do quadrante da ferramenta.

Distribua os produtos pela matriz

Este é o momento principal da atividade de análise de produto utilizando a matriz. Com os dados do produto obtidos na listagem e também com os objetivos para cada um, ficará mais fácil avaliar em qual parte do quadrante cada um desses itens entrarão. Dessa forma, você consegue ter uma visualização rápida de cada um deles.

Lembre-se de que a matriz é uma ferramenta de representação visual. Sem usar esse recurso, certamente sua percepção geral dos produtos ficará prejudicada. Ao usar o quadrante, você consegue entender se a situação da empresa, em relação aos produtos, requer mais mudanças ou se, de maneira geral, está dentro das expectativas mínimas.

Determine as estratégias de atuação (construir, manter, colher ou abandonar)

Com a visualização da Matriz BCG, agora é hora de definir o que será feito com cada produto. Esse é o momento mais importante, afinal, você decidirá se eles terão continuidade na sua empresa ou se simplesmente serão descontinuados. Isso, é claro, com base na classificação deles na matriz, mas também com ajuda dos dados coletados.

Neste momento, há quatro caminhos a serem seguidos:

  • Construir – Se o produto tem bom potencial, ainda que não esteja em um cenário ideal, a empresa pode decidir mantê-lo, mas trabalhando em otimizações para que ele suba de patamar e se torne uma vaca leiteira;
  • Manter – A decisão de manter é, geralmente, destinada às vacas leiteiras. Afinal, é um produto de sucesso, que tem market share relevante e que tem bom impacto no faturamento atual do negócio;
  • Colher – Em cenários não tão bons, como vacas leiteiras em decadência ou abacaxis, a empresa mantém temporariamente o que está sendo feito. Mas é importante que essa é uma decisão que visa simplesmente o lucro atual gerado, mas sabendo que, a longo prazo, uma nova análise precisará ser feita.
  • Abandonar – Por último, abandonar é uma escolha necessária, sobretudo para alguns abacaxis. Especialmente para os produtos que já estão dando prejuízo, descontinuar sua comercialização é a decisão mais acertada.

Quais as limitações da Matriz BCG?

Um dos pontos que precisa ser pontuado em relação à Matriz BCG é sua simplicidade. O que pode ser uma vantagem em alguns pontos, também significa uma falta de aprofundamento que poderia ser boa no sentido de gestão estratégica.

Para as empresas, a matriz é uma ótima ferramenta quando se há um acompanhamento constante dos resultados. Ou seja, o quadrante servirá apenas como uma representação visual para ajudar times a visualizarem o status dos produtos dentro da perspectiva da matriz. No entanto, devido à complexidade de alguns negócios, isso pode ser pouco.

Por si só, a matriz tem pouco valor ser a empresa não tem um monitoramento bem estruturado, com análises de dados constantes. Essas informações servirão para municiar o negócio na hora de avaliar cada um de seus produtos. Diante disso, a Matriz BCG será apenas uma ferramenta de apoio, mas que pode ser extremamente eficiente.

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Exemplos de Matriz BCG aplicada

A melhor forma de entender a Matriz BCG devidamente aplicada é avaliar os quadrantes de empresas famosas, nas quais é mais simples ter uma percepção externa desses resultados.

Mas é importante pontuar: produtos que estão classificados como abacaxi não necessariamente dão prejuízo ou são ruins para o negócio. Muitas vezes, mantê-los é uma decisão estratégica para a empresa, principalmente considerando o mercado.

A seguir, veja alguns exemplos de matrizes aplicadas!

Nestlé

Coca-Cola

Unilever

De uma forma geral, a Matriz BCG é uma ferramenta de fácil aplicação e de grande efetividade. É fundamental, no entanto, que a empresa mantenha uma rotina de análise de resultados, pois só assim a matriz será eficaz quando for utilizada.
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Por Jessica Azevedo

Graduada em Turismo e pós graduada em Marketing Digital aplicado à Tecnologia da Informação. Tem na bagagem mais de 3 anos em SEO e tem como foco levar os melhores conteúdo para quem quer conhecer mais sobre o mercado digital.

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