Gestão

Entenda o que é e como funciona o MRP

Veja o que você irá encontrar neste artigo

MRP é a sigla para Material Requirements Planning, ou Planejamento das Necessidades de Materiais, uma estratégia de gestão que avalia a demanda da empresa, identifica os principais recursos e propõe ordens de compra estratégicas.

Se você está em busca de alternativas para otimizar a produção da sua empresa e economizar no estoque, o MRP é a ferramenta ideal.

Esse planejamento de materiais não apenas avalia seu inventário e propõe as melhores abordagens de compra e serviço, como também otimiza as rotinas operacionais e organiza as informações para o gestor.

Administrar uma cadeia de suprimentos pode ser uma tarefa complexa, especialmente diversas etapas para cumprir. Sem a devida estrutura, você pode perder insumos e dinheiro, principalmente com as novas formas de comércio, como o e-commerce, que mantém diversas fases da produção independentes.

Assim, o MRP surge como uma solução para garantir que sua empresa conseguirá atender as demandas quando necessário, sem desperdícios ou faltas.

Por isso, vale a pena conhecer mais sobre essa abordagem, como ela funciona e qual sua importância. Para te ajudar, separamos essas e outras informações no conteúdo abaixo. Confira!

O que é e para que serve o MRP?

MRP é a sigla para Material Requirements Planning, ou Planejamento das Necessidades de Materiais, e é uma prática de gestão que avalia a necessidade de matéria-prima, equipamentos e processos produtivos em uma indústria.

Em outras palavras, esse procedimento é responsável por avaliar o estoque e a linha de produção do seu negócio, mapeando as demandas e projetando informações importantes sobre o fluxo operacional, como quantidade de mercadorias e tempo de fabricação.

Essa gestão de materiais se tornou essencial para manter a operação em continuidade, evitando excessos ou falta de insumos. Dessa forma, o responsável consegue otimizar a produção e aumentar os lucros.

Como surgiu o MRP?

O MRP ganhou força na indústria dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, quando as fábricas começaram a trabalhar para recuperar a economia e aceleraram sua produção em um modelo de entrega trimestral.

Dessa forma, procuravam prever as demandas e produzir massivamente para reconstruir as regiões mais afetadas pelo confronto.

No entanto, conforme os países foram se recuperando, os pedidos foram caindo, e já não era mais necessário fornecer a mesma quantidade de mercadorias. Isso significa que a matéria-prima adquirida seria excedente no estoque.

Por conta disso, os gestores começaram a enfrentar desafios nas previsões de serviço e na gestão dos seus insumos, procurando técnicas que auxiliassem no gerenciamento do armazenamento. É nesse contexto que surge o conceito de MRP, no início dos anos 1960.

Nos anos seguintes, o avanço da tecnologia, especialmente a criação dos computadores, tornou esse processo ainda mais completo e parecido com o que utilizados hoje.

As plataformas e a digitalização das informações facilitaram a visualização de documentos e estratégias de planejamento de estoque. Com isso, o sistema MRP se tornou ainda mais eficiente, desenvolvendo diferentes categorias para combinar com as demandas de cada segmento.

Como funciona o MRP?

O MRP funciona como um sistema de planejamento que pode ser personalizado conforme a empresa, a fim de auxiliar no gerenciamento dos seus materiais e recursos.

Por esse motivo, existem mais ou menos etapas que o gestor pode colocar em prática para obter as percepções que precisa acerca do seu estoque.

No entanto, para quem está começando a aplicar essa abordagem no dia a dia, vale a pena conhecer uma visão geral de como o MRP funciona e quais as decisões que se relacionam com essa prática:

1. Identificação de demandas

O processo do MRP começa com a identificação da demanda pelos produtos finais. Em outras palavras, quais as previsões para determinada mercadoria e quantas serão retiradas do estoque.

Essa análise é subjetiva e depende de uma série de critérios, como número de pedidos, projeções de vendas e outros indicadores sazonais.

O gestor pode utilizar históricos anteriores e pesquisas de mercado a fim de identificar as demandas corretamente, e, com isso, desenvolver um planejamento mais completo.

Por exemplo, uma empresa que produz panetones sabe que a procura aumentará consideravelmente nos últimos meses do ano, por conta das festas e comemorações.

Dessa forma, ela identifica as necessidades do público e avalia qual será o crescimento no número de compras, para, em seguida, saber como administrar os recursos e insumos.

2. Desdobramento de materiais

O processo do MRP costuma funciona de trás para frente, ou seja, realizando um desdobramento de insumos com base nas demandas e previsões de compra.

Por exemplo, após identificar as projeções para as vendas de panetone no final do ano, a empresa verifica a lista de materiais e processos necessários para fabricar esses produtos. Isso inclui matérias-primas, equipamentos e peças.

Esse procedimento permite que os responsáveis tenham um entendimento maior sobre as demandas da indústria, além de organizar o estoque e a lista de compras para evitar excessos. 

Além disso, também ocorre uma análise bruta de cada componente, verificando o que precisa, de fato, ser adquirindo, e o que já existe no estoque anterior.

Nesse caso, a abordagem do MRP se preocupa não apenas com o que precisa ser incluído na lista, mas também as quantidades exatas que a empresa demanda para atingir seus objetivos.

3. Planejamento de produção

Em seguida, com base nas necessidades de insumos, o MRP desenvolve um plano de produção para aquele lote, determinando as quantidades de cada componente para atender a demanda.

Como muitas indústrias trabalham com processos fracionados, para otimizar o tempo, é preciso ter um planejamento adequado para não se perder no serviço.

Utilizando o mesmo exemplo dos panetones, a empresa precisará das massas, dos recheios, de embalagens e outras operações que finalizam a montagem.

Nesse caso, o plano de produção traça todas essas etapas conforme a necessidade. Se existir muita massa no estoque, mas pouco recheio, então o foco inicial será nessa fase.

Sem traçar um documento mais organizado, o gestor enfrentará dificuldades em administrar o estoque, conferir o nível de produções e se está conseguindo atingir os objetivos inicialmente traçados.

4. Ordens de compra e produção

Com o plano de produção em vigor, o MRP gera automaticamente as ordens de compra para adquirir os materiais necessários, além de ordens de produção para fabricar os componentes ou produtos finais da demanda.

Essa é uma das principais características dessa abordagem, uma vez que ela automatiza essa etapa e traz mais praticidade para o gestor.

Após identificar todas as etapas e definir os materiais para seguir as rotinas, a plataforma ou sistema integra despacha as ordens de aquisição, evitando pedidos manuais que comprometem o fluxo operacional.

Para que isso seja possível, a equipe responsável precisa monitorar cada fase da produção por meio das ferramentas certas, que possibilitem colocar o MRP em prática.

Para que serve o MRP?

O MRP possui diversos objetivos na empresa, principalmente para otimizar a gestão da cadeia de suprimentos e aumentar a eficiência do fluxo operacional.

Na prática, é uma abordagem que planeja toda a produção antecipadamente, de maneira mais alinhada com as demandas do mercado. Futuramente, isso evita parar a fabricação pela falta de insumos ou comercializar mercadorias paradas há muito tempo.

Assim, o objetivo é ter um estoque adequado para o empreendimento, sem acúmulos desnecessários ou desperdícios.

Como consequência, o negócio gastará menos com compras excessivas de materiais, otimizando o uso de recursos e tendo uma redução nos custos. Essa economia permite direcionar os valores para outros investimentos mais proveitosos para a empresa.

Além disso, o MRP não serve apenas para a parte prática do empreendimento, mas também para a organização interna da gestão, uma vez que é possível otimizar as compras, negociações e controle de estoque, minimizando atrasos e potencializando a qualidade das mercadorias entregues aos clientes.

Indiretamente, também é uma forma de aumentar a satisfação do público, sem deixar faltar mercadorias e atendendo a todas as procuras de maneira estratégica.

Qual a diferença entre MRP e ERP?

Muitas pessoas que buscam saber o que é MRP podem confundir o conceito com ERP, sigla para Planejamento dos Recursos Empresariais. Enquanto um se concentra na gestão de materiais, outro abrange uma gama mais ampla de processos da empresa.

Nesse caso, para ter domínio sobre essas abordagens, vale a pena conferir detalhes que diferenciam cada metodologia. Confira:

Foco

A principal diferença entre MRP e ERP é o foco de cada estratégia, uma vez que atendem segmentos distintos da empresa.

Embora consigam funcionar juntos, o Planejamento das Necessidades de Materiais visa otimizar o estoque e a gestão de produção, enquanto o programa de Planejamento de Recursos Empresariais direciona seus recursos no negócio na totalidade.

O MRP organizará e irá propor mudanças nas áreas relacionadas à fabricação, desde a logística até a estocagem. Enquanto isso, o ERP engloba setores como RH, financeiro e marketing, por exemplo.

Dessa forma, apesar de ambos apresentarem práticas que otimizam o fluxo operacional, isso acontece em departamentos distintos, se complementando na rotina.

Funções

Como o foco do MRP e do ERP difere, suas funções também são distintas, visando atender satisfatoriamente as necessidades de cada departamento.

Por exemplo, o programa de planejamento de materiais possui objetivos mais práticos, gerenciando o estoque e evitando desperdícios. Além disso, também precisa de projeções de vendas para funcionar adequadamente.

Nesse caso, suas funções incluem parâmetros de cálculo de demanda, integração com o estoque e avaliação de equipamentos.

Por outro lado, o ERP é um sistema de gestão para administradores, e suas funcionalidades automatizam as tarefas e otimizam as rotinas internas.

Dessa forma, apresenta ferramentas que centralizam dados, integram relatórios e concentram as informações mais importantes para o gestor tomar suas decisões.

Objetivo

Ainda, é importante reforçar como funciona o MRP e o ERP, uma vez que eles possuem objetivos distintos.

O planejamento de materiais deseja otimizar o fluxo de produção, evitar acúmulos e garantir que a empresa tenha todos os recursos necessários para realizar suas atividades se concentrando em uma previsão específica.

Apesar de ser uma plataforma que pode ser usada durante todo o ano, suas campanhas devem traçar um objetivo específico. No caso de uma fábrica de panetones, a estratégia visa um período sazonal, e não o ano todo, pois as necessidades mudam em cada tempo.

Enquanto isso, o objetivo do ERP é automatizar as rotinas internas e aumentar a eficiência operacional do empreendimento todo.

Por isso, ele fornece visões de vários departamentos e operações simultaneamente, para o gestor tomar decisões mais concretas, seja para direcionar investimentos, administrar campanhas de vendas ou contratar mais funcionários.

Essa necessidade permanece o ano todo, de modo que o ERP é uma plataforma com propósito mais amplo, enquanto o MRP foca em uma meta específica para tornar suas projeções mais reais.

Qual a importância do MRP para as organizações?

Além de entender como essa abordagem funciona, vale a pena conferir a importância do MRP para a empresa e como ele impacta diferentes setores. Confira os principais pontos e departamentos que essa abordagem impacta:

Otimiza o estoque

O principal benefício do MRP é o seu impacto no estoque, visto que esse é o maior objetivo dessa ferramenta. Com ela, o gestor e sua equipe poderão ter uma organização interna mais aprimorada, administrando seus inventários e cuidando da entrada e saída de mercadorias.

Esse processo permite que os responsáveis não apenas tenham uma visão completa do armazenamento, mas entendam quais os insumos necessários a cada momento.

Para ter um estoque estratégico, é fundamental que o gestor entenda para que serve cada material, e qual seu papel no processo produtivo. Com o esquema de desdobramento de materiais do MRP, é possível ter essa percepção mais claramente.

Assim, é possível ter resultados mais eficientes no gerenciamento do estoque, monitorando cada item e garantindo que eles atendam à utilidade proposta.

Esse controle também facilita na realização de novas ordens de compra, cuidando para os materiais terem qualidade e sejam utilizados no tempo correto.

Na prática, é uma das abordagens mais importantes para quem deseja administrar corretamente o inventário e suas mercadorias.

Agiliza processos de produção

Enquanto isso, o MRP também é fundamental para o processo produtivo da sua empresa, agilizando as etapas a partir de uma organização mais estratégica.

Afinal, se todos os insumos estiverem alinhados, o fluxo operacional conseguirá seguir de maneira mais fluída. Como consequência, o gestor conseguirá planejar suas atividades e aumentar a produtividade da equipe.

Ainda, vale mencionar que o plano de produção que o MRP propõe também facilita para identificar erros que atrasem a fabricação dos produtos. Com isso, além de ter processos mais fluídos, também garante a entrega de artigos de qualidade e no período esperado.

A longo prazo, o responsável poderá tomar decisões que torne as rotinas mais simples, com uma sequência operacional que otimize a mão de obra e os materiais, por exemplo.

Essa percepção só é possível graças aos dados e à estrutura que o MRP constrói. E mesmo sendo um departamento prático, que lida diretamente com a produção das mercadorias, é possível ter mais organização e previsões mais concretas.

Propõe economias para o setor financeiro

Todas as estratégias de controle e administração resultam em economias importantes para o setor financeiro, um dos pilares para o funcionamento de qualquer empresa.

O MRP é responsável por identificar o uso dos recursos e traçar o planejamento de cada compra, etapa de produção e distribuição.

No entanto, com isso a empresa consegue identificar excessos e direcionar melhor os seus insumos, tendo economia em vários setores.

Além disso, uma gestão eficiente também otimiza a mão de obra, gerando uma diminuição nos gastos e auxiliando os colaboradores a atingir a máxima produtividade de cada um.

Enquanto isso, com ordens de compra automáticas, propostas após a avaliação do MRP, é possível ter uma visão mais estratégica sobre as necessidades de recursos, programando os pedidos para existir tempo de pesquisa.

Assim, o gestor conseguirá pesquisar melhor os fornecedores, encontrando os melhores preços sem a pressa de repor algum equipamento ou componente que falta para a produção.

Vale mencionar que a economia também é no tempo, pois as análises do MRP são mais rápidas que procedimentos manuais. Com isso, toda a equipe consegue organizar melhor o tempo, reduzindo os gargalos que geram mais gastos.

Aprimora a gestão

De modo geral, o MRP é uma abordagem que aprimora a gestão da empresa, desde propostas de otimização até a reunião de informações pertinentes para a administração.

Essa plataforma melhora a organização de dados sobre estoque, compras e materiais, permitindo que o responsável tenha uma visão ainda mais ampla do cenário.

E integrado com um software de ERP, o planejamento de materiais consegue impactar ainda mais o gerenciamento interno, gerando relatórios estratégicos, armazenando arquivos na nuvem e diminuindo as perdas.

Assim, para gestores que desejam aprimorar sua administração por completo, vale a pena considerar uma ferramenta estratégica como o MRP.

Uma estratégia eficiente no estoque e na produção gera impactos positivos em todos os setores e suas etapas.

Por isso, ao profissionalizar seu negócio, considere essa ferramenta e adquira uma plataforma que consiga te auxiliar na administração dessas informações. Conheça a Bagy, a ferramenta que ajudou mais de 23 mil lojistas a colocarem a sua loja na internet.

Jessica Azevedo

Marketing

Graduada em Turismo e pós graduada em Marketing Digital aplicado à Tecnologia da Informação. Tem na bagagem mais de 3 anos em SEO e tem como foco levar os melhores conteúdo para quem quer conhecer mais sobre o mercado digital.

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