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Design thinking: conceitos, ferramentas e os maiores cases de sucesso

Imagem ilustrativa de design thinking

Veja o que você irá encontrar neste artigo

O Design Thinking é uma metodologia interativa baseada em compreensão, ideação, prototipagem e validação de ideias. O objetivo é desenvolver soluções de maneira criativa, garantindo que elas sejam úteis, desejáveis, viáveis e diferenciadas para seus usuários.

Já abordamos, aqui no blog, assuntos como design de anúncios, design de produtos e design responsivo. Agora é hora de falar sobre um tipo diferente de design, o chamado Design Thinking ― algo como “pensamento de design”, em português.

Embora possa ser aplicado para criação de conteúdo, ele está mais ligado ao desenvolvimento de produtos e processos.

O modelo faz um enorme sucesso em empresas de tecnologia e inovação há vários anos, mas pode beneficiar qualquer tipo de negócio, inclusive o seu!

Continue a leitura para saber tudo sobre Design Thinking e conferir exemplos reais dessa prática que agitaram o mercado.

O que é Design Thinking?

O Design Thinking nada mais é do que um método para resolver problemas criativamente. Ele se concentra em entender as necessidades dos usuários e em encontrar soluções inovadoras para atendê-las. 

O modelo envolve a colaboração de diferentes disciplinas, como design, tecnologia e negócios, e é frequentemente usado para desenvolver produtos, serviços e processos. 

O que mais chama a atenção no Design Thinking é que ele é tem uma abordagem interativa baseada em experimentação e otimização contínuas. É também uma forma de pensar projetos e ideias focada nas pessoas e em como elas interagem com o mundo ao seu redor.

Como o Design Thinking surgiu?

Embora tenha ganho maior destaque nas últimas décadas, podemos dizer que o Design Thinking surgiu entre os anos 50 e 60, quando os profissionais de design começaram a ser contratados para resolver problemas criativos em empresas e organizações. 

O termo “Design Thinking”, porém, foi popularizado pelo designer e professor da universidade de Stanford, David Kelley, e pelo professor de empreendedorismo e inovação, Tom Kelley. 

Os dois transformaram essa abordagem em uma metodologia que poderia ser aplicada para resolver problemas complexos, especialmente dentro dos negócios, e passaram a divulgá-la e aplicá-la por meio da IDEO, uma empresa de consultoria e design.

Desde então, o Design Thinking tem se expandido para além do design, e é hoje utilizado em vários setores, como tecnologia, varejo, saúde e educação, bem como ferramenta para a inovação e melhoria de processos.

Quais são as etapas do Design Thinking?

A aplicação do Design Thinking varia ligeiramente de acordo com a fonte, mas o modelo de David e Tom Kelly, o mais famoso, estabelece quatro etapas essenciais: imersão, ideação, prototipagem e desenvolvimento. 

Entenda melhor cada uma delas, a seguir.

1. Imersão

A etapa de imersão ou compreensão do Design Thinking é a primeira etapa do processo e é onde se inicia o entendimento do problema e das necessidades do público. É também chamado de fase de “empatia”, pois é onde se busca entender o ponto de vista dos usuários ou dos consumidores. Essa etapa inclui atividades como:

  • pesquisas: estudar o mercado e os concorrentes para entender o contexto do problema;
  • entrevistar pessoas: conversar com consumidores, por exemplo, sobre como serão afetados pela solução para entender suas necessidades, desejos e desafios;
  • observação: observar o comportamento das pessoas diante do problema ou utilizando as soluções.

O objetivo da etapa de imersão é coletar o máximo de informações possíveis sobre o problema e sobre as necessidades dos usuários, para que as soluções propostas sejam realmente relevantes e úteis. Esses dados serão usados como base para o desenvolvimento de ideias e protótipos nas etapas seguintes.

2. Ideação

A etapa de ideação do Design Thinking é o segundo passo do processo e é onde se gera uma grande quantidade de ideias para possíveis soluções. É também chamada de fase de “criatividade”, pois é onde se busca gerar ideias inovadoras e fora do convencional para atender as necessidades do público.

O principal objetivo é gerar ideias livremente, sem se preocupar com a viabilidade ou aplicabilidade delas, à princípio. É importante manter uma mentalidade aberta e inovadora, bem como evitar julgar as ideias dos colegas. 

No fim do processo, as propostas serão discutidas e as melhores selecionadas e encaminhadas para a prototipagem, na etapa seguinte.

3. Prototipação

A etapa de prototipagem do Design Thinking é a terceira etapa do processo, e é onde se cria protótipos das ideias selecionadas para testar e obter feedback. É também chamada de fase de “experimentação” pois é onde se busca experimentar as ideias geradas na etapa anterior para validar suas hipóteses. Esta etapa, inclui atividades como:

  • criação de protótipos: que consiste em construir uma representação física ou digital da solução proposta;
  • simulação: simular como a solução funcionaria em diferentes condições;
  • modelagem: criar modelos tridimensionais para melhorar a visualização.

O objetivo da etapa de prototipagem é criar uma versão inicial da solução para testá-la, antes de alocar muitos recursos para sua comercialização. É importante criar protótipos da forma mais rápida e barata possível, mas é também preciso garantir que eles serão capazes de gerar dados confiáveis. 

Os protótipos criados nesta etapa são testados e ajustados para a etapa seguinte.

4. Desenvolvimento

O Desenvolvimento é a etapa final do Design Thinking. O objetivo é implementar a solução final e monitorá-la, realizando melhorias continuamente. É também chamada de fase de “implementação”, pois é onde se coloca em prática a solução desenvolvida. 

Esta etapa inclui atividades como:

  • desenvolvimento: desenvolvimento do produto, do serviço ou do processo final;
  • lançamento: lançamento do produto para os usuários;
  • monitoramento: definição de métodos de mensuração de resultados e feedback;
  • melhoria: identificação de oportunidades de melhoria e realização de novas interações.

Até o fim do processo, é importante continuar a pensar de forma colaborativa, sobretudo para facilitar a identificação de problemas e possibilidades de inovação.

Observe que as quatro etapas não são um roteiro fixo, ou seja, você pode voltar e repetir tarefas anteriores para ajustar e aperfeiçoar a solução.

Quais são as ferramentas mais usadas no Design Thinking?

Ao longo do processo de Design Thinking, muitas técnicas e ferramentas podem ser utilizadas para estimular a criatividade ou otimizar a prática. As principais delas, você confere a seguir.

Mapa da empatia

O mapa de empatia é uma ferramenta utilizada no Design Thinking para entender e representar as necessidades, desejos e sentimentos das pessoas. 

É uma técnica de visualização que ajuda a equipe a se colocar no lugar do consumidor, por exemplo, e compreender a sua perspectiva. Geralmente inclui informações sobre o contexto em que o indivíduo se encontra, seu humor, suas vontades e outros dados semelhantes.

O mapa é dividido em quatro partes, observação, entrevista, interpretação e síntese:

  • observação: na primeira parte, a equipe observa a pessoa ou o usuário em seu ambiente natural e registra suas ações e interações;
  • entrevista: na segunda parte, a equipe entrevista o usuário para obter informações mais fiéis sobre a experiência vivenciada por ele;
  • interpretação: na terceira parte, a equipe analisa as informações coletadas e identifica padrões e tendências;
  • síntese: por fim, a equipe organiza as informações em um mapa visual, que é uma representação gráfica das descobertas obtidas.

Brainstorming

O Brainstorming é uma técnica de geração de ideias na qual um grupo de pessoas se reúne para discutir e gerar ideias sobre um determinado assunto ou problema. 

No contexto do Design Thinking, essa ferramenta é utilizada para gerar ideias criativas e inovadoras sobre como resolver um problema ou melhorar um produto ou serviço. 

A técnica é geralmente conduzida de forma colaborativa e sem julgamento, com o objetivo de gerar o maior número possível de ideias. Após a sessão de brainstorming, as ideias são avaliadas e selecionadas para serem desenvolvidas e testadas.

MVP

MVP (Minimum Viable Product) significa “Produto Mínimo Viável” e consiste no objetivo de desenvolver um produto ou serviço com o menor conjunto de recursos possíveis, mas ainda capaz de atender às necessidades do usuário e obter feedback. 

O MVP é projetado para ser testado com um grupo pequeno de usuários-alvo e é usado para coletar informações valiosas sobre o que funciona e o que não funciona no projeto.

O ideal é criar e testar o MVP o mais cedo possível, para que as descobertas possam ser incorporadas ao processo de desenvolvimento, antes que muito tempo e recursos sejam gastos. 

Esta abordagem permite que as equipes de Design Thinking possam aprender e evoluir rapidamente, além de aplicar esse conhecimento no produto ou serviço. É uma estratégia muito comum em mercados recentes ou incertos.

Que cases de sucesso comprovam o poder do Design Thinking?

Alguns dos principais casos de sucesso de Design Thinking incluem empresas que fazem parte do nosso dia a dia. Conheça algumas histórias inspiradoras!

IDEO

A empresa de design IDEO, fundada pelos professores que cunharam este conceito no mercado, é conhecida por projetos famosos, como o intitulado “Mouse”, para a Apple, que ajudou a definir o design do mouse de computador moderno. Outro exemplo é o projeto “Palm V”, que ajudou a criar um dos primeiros PDAs de sucesso, dispositivos que antecederam os smartphones.

Procter & Gamble

A Procter & Gamble, uma das maiores empresas de bens de consumo do mundo, utilizou o Design Thinking para desenvolver e lançar seus produtos mais bem-sucedidos, incluindo Tide Pods e Swiffer.

IBM

A IBM utilizou o Design Thinking para transformar sua estrutura de negócios e se tornar uma empresa de serviços de consultoria, sem abrir mão da sua estrutura de tecnologia. Isso incluiu o desenvolvimento de soluções de negócios personalizadas para clientes e a criação de um modelo de negócios baseado na própria metodologia.

Airbnb

A Airbnb usou o Design Thinking para criar uma plataforma inovadora que conecta viajantes com anfitriões locais, transformando a forma como as pessoas reservam acomodações de viagem. Vale observar que o desenvolvimento do site até a versão atual levou vários anos e seu sistema passou, e ainda passa, por uma série de melhorias.

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Mayo Clinic

A Mayo Clinic usou o Design Thinking para melhorar a experiência do paciente e aumentar a eficiência do atendimento médico. Entre as melhorias divulgadas, foi criado um ambiente de espera mais confortável com tecnologias de última geração para facilitar a comunicação entre médicos e pacientes.

Esses são apenas alguns exemplos, mas existem muitos outros casos de sucesso em uma variedade de setores. O Design Thinking é uma abordagem poderosa e versátil que pode ser aplicada em muitas áreas diferentes.

Qual é a relação entre UX e Design Thinking?

Embora estejam relacionados, Design Thinking e UX (User Experience) são conceitos diferentes. O primeiro é uma abordagem para resolver problemas criativamente, enquanto o segundo se concentra na criação de produtos e serviços que proporcionam uma boa experiência para o usuário.

O Design Thinking é uma metodologia usada para desenvolver soluções inovadoras e criativas para problemas complexos. Ele é baseado em uma abordagem colaborativa, interativa e centrada no usuário, que envolve a compreensão das necessidades das pessoas, a geração de ideias, a experimentação e o teste.

O UX, por outro lado, é o processo de projetar produtos e serviços que são fáceis de usar e agradáveis ​​para os usuários. Isso inclui considerações sobre acessibilidade, usabilidade, estética e desempenho. O UX é uma parte importante do design de produtos e serviços e se concentra em garantir que os usuários tenham uma boa experiência.

Os dois conceitos se encontram no fato de ambos darem total atenção à perspectiva do público ou persona, o que é uma lição importante para todos os tipos de negócio. 

De que adianta ter uma loja com produtos incríveis se os consumidores não se interessam por eles ou não gostam de usá-los?

Como você pôde perceber, o Design Thinking é uma metodologia incrível que pode ser aproveitada e adaptada para diferentes necessidades e contextos. E sua aplicação é ainda mais rica quando se associa a outros setores, como o UX, para desenvolver soluções inovadoras e criativas que atendam às necessidades do público.

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Jessica Azevedo

Marketing

Graduada em Turismo e pós graduada em Marketing Digital aplicado à Tecnologia da Informação. Tem na bagagem mais de 3 anos em SEO e tem como foco levar os melhores conteúdo para quem quer conhecer mais sobre o mercado digital.

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