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Vendas

O que é C2C, como funciona e quais os exemplos?

Por Jessica Azevedo

2 anos atrás
Imagem ilustrativa de c2c

C2C é a sigla para Consumer to Consumer, um modelo de vendas onde as duas partes são consumidores, ou pessoas físicas. Esse formato permite negociações mais flexíveis, sem mediação de uma empresa. Além disso, também traz um custo-benefício interessante, pois permite a oferta de produtos de qualidade e menor preço.

Se você utiliza canais de compra nas redes sociais ou marketplaces, é provável que esteja participando do C2C.

Esse modelo de negócios está se tornando cada vez mais popular, e não à toa. Afinal, traz diversas vantagens para as duas partes envolvidas.

Além de dispensar o envolvimento de empresas na negociação, também é uma forma mais acessível e versátil para quem quer vender como pessoa física.

Ainda, deixou de restringir as possibilidades de negociação nos canais convencionais, alcançando o e-commerce e as redes sociais. Hoje, é possível até mesmo vender no YouTube.

Essa dinâmica flexível é resultado de um modelo de negócio atrativo e abrangente para os consumidores que se tornam vendedores.

Por conta da popularidade e pontos positivos, vale a pena conhecer mais sobre o formato, quais as suas vantagens e ver alguns exemplos populares.

Confira todos os detalhes no conteúdo especial que preparamos, e entenda se vale a pena atuar no modelo e vender de consumidor para consumidor.

O que é C2C?

C2c é a sigla para Consumer to Consumer, ou Consumidor para Consumidor, em português. Na prática, é um modelo de negócio onde dois consumidores realizam a transação diretamente.

Ao falar sobre vendas, a maioria das pessoas associa as partes como um cliente e uma empresa. Entretanto, existem outros formatos de interação comercial, como o C2C, onde não existe nenhuma companhia jurídica envolvida.

Essa prática era comum em cenários como feiras e classificados de jornal, por exemplo. Contudo, foi o crescimento das plataformas de e-commerce que consolidou esse formato no mercado digital.

É possível entender o C2C como qualquer tipo de venda entre duas pessoas físicas. Ou seja, de consumidor para consumidor. Repassar artigos usados ou vender produtos de porta em porta são atividades conhecidas há muitos anos.

Mas com as lojas virtuais e ferramentas de vendas na internet, foi possível formalizar esse modelo, incluindo-o oficialmente como formato de negócio.

Como surgiu?

A essência do modelo C2C surgiu com a popularização dos primeiros meios de comunicação, especialmente o jornal, com os classificados.

Há centenas de anos as pessoas utilizam esses veículos para oferecer e comprar produtos entre si. Posteriormente, o surgimento do rádio também ajudou nessa dinâmica de ofertas.

No entanto, o formato como conhecemos atualmente surgiu com o comércio eletrônico, a partir da popularização da internet e do aumento do acesso para grupos comuns.

Assim, as pessoas físicas deixaram de ser apenas compradoras, e também se tornaram vendedoras, seja de negócios amadores ou ofertas pontuais, como algo usado.

As primeiras plataformas mais parecidas com o que conhecemos hoje foram o eBay e o Mercado Livre. Com esses sites, os usuários podiam anunciar itens que não queriam mais e eram comprados por outras pessoas.

Contudo, esse conceito também evoluiu com o e-commerce, pois surgiram novas oportunidades para profissionais autônomos, por exemplo. 

Dessa forma, qualquer pessoa física que tenha algo para vender para outro comprador se enquadra no modelo C2C.

Como funciona esse modelo?

O C2C é um modelo de negócio que funciona por meio de comunicação direta entre duas pessoas físicas.

A principal característica é que a venda não é concretizada por uma empresa, ou uma pessoa jurídica. Todas as etapas da negociação são realizadas com compradores convencionais.

Além disso, esse formato também é mais simples que outras formas de venda, pois não exige tantas burocracias.

Por exemplo, diversas atividades de C2C não precisam ter a emissão de nota fiscal, mesmo que seja uma venda.

A facilidade para realizar transações é um ponto de destaque nesse modelo, que ajuda a diferenciar de outros tipos.

Além disso, para que o consumer to consumer possa acontecer, é preciso ter um canal para estabelecer a comunicação.

No passado, poderia ser o jornal ou o rádio, por exemplo. Atualmente, as principais opções são plataformas de e-commerce e redes sociais.

O vendedor, pessoa física, se inscreve no site em questão, geralmente precisando criar uma conta para acessar todas as ferramentas. Em seguida, ele anuncia seu produto publicamente.

Dessa forma, pessoas interessadas em comprar o que está sendo oferecido acessam o anúncio e contatam o vendedor.

A negociação ocorre diretamente entre as partes, inclusive detalhes sobre a forma de pagamento e entrega.

Quais as vantagens do modelo C2C?

Trabalhar com o modelo C2C traz algumas vantagens para o vendedor, e se você está considerando esse formato, vale a pena conhecer os pontos positivos de negociar entre consumidores. 

Veja os principais pontos de destaque abaixo:

Redução de custos

Começar um negócio pode ser uma atividade cara, especialmente pelos custos e burocracias.

A popularização do e-commerce diminui o investimento inicial, deixando de exigir elementos como local fixo ou funcionários para vender.

Com o C2C, os custos são ainda menores, porque não é preciso emitir um CNPJ ou buscar todos os certificados necessários para uma empresa.

Basta anunciar o produto e negociar com o comprador para realizar a venda, além de gerar lucro e movimentar o negócio sem tantos trâmites.

Além disso, também existem outras facilidades que economizam dinheiro, como usar uma plataforma especializada com cadastro gratuito.

Negociação direta

Além disso, o C2C tem como principal característica a negociação direta entre as partes. Isso significa que não existem empresas intermediando a transação, o que causa mais demora e burocracia.

Uma vez que o comprador anuncia o produto e o interessado se manifesta, a transação acontece com mais praticidade.

Esse também é um critério que ajuda na redução dos custos, uma vez que a negociação direta elimina taxas e aluguel de plataformas ou equipamentos.

Ainda, o formato também permite flexibilidade na oferta, podendo discutir o valor ou combinar diferentes formas de pagamento.

Somente uma interação com negociação direta possibilita esse modelo de negócio mais dinâmico entre consumidores.

Aumento do número de ofertas

Outro benefício do C2C é o número de ofertas, que tende a ser maior em determinados segmentos.

Isso porque existem milhares de pessoas interessadas em vender algo, e outras milhares que procuram comprar.

Com isso, as chances de encontrar o produto que você deseja com mais rapidez e melhor custo-benefício são altas.

E mesmo com uma procura maior, é possível encontrar a venda ideal com um consumidor, pois existem milhões de registros nas redes sociais e em plataformas de compra.

Possibilidade de encontrar produtos variados

Ainda sobre as vantagens quanto ao número de ofertas, as possibilidades de encontrar produtos variados é maior no C2C.

Em muitos casos, outros formatos de negociação podem trazer uma quantidade limitada de opções para o consumidor escolher.

No entanto, os canais de consumer to consumer apresentam mais alternativas de um mesmo item, seja design, especificações técnicas ou marcas.

Dessa forma, o usuário poderá aproveitar mais ofertas e estudar qual atende melhor suas necessidades.

Chances de encontrar qualidade com preço mais baixo

Outra vantagem que vale a pena mencionar no C2C é que junto da disponibilidade e variedade de produtos, existem as chances de encontrar um custo-benefício atrativo.

Isso significa produtos de qualidade com um preço mais baixo do que a mercadoria original ou revendida por uma pessoa jurídica.

Geralmente, as pessoas físicas que anunciam artigos para venda trazem um valor abaixo da média do mercado, e muitas vezes acessível para os compradores, por ser usado ou semi-novo.

Ainda, as plataformas de venda C2C também facilitam a busca por preços mais baixos, com filtros e a possibilidade de negociação do valor diretamente com a parte vendedora.

Inclusive, esse é um dos motivos que tornou o modelo tão popular, pois a possibilidade de encontrar um produto com a qualidade esperada e valores mais baixos é interessante para os consumidores.

Quais os desafios a serem superados?

Por outro lado, antes de adotar o C2C, é importante se atentar para alguns desafios que podem surgir no meio do caminho.

Afinal, como forma de negociação, também apresenta obstáculos que o empreendedor deve superar no dia a dia.

Veja alguns dos principais impedimentos e por que é importante se atentar a eles:

Falta de confiança dos consumidores

Apesar de todos os benefícios que o C2C oferece para as partes, como alternativas de compras e flexibilidade de negociação, ainda existe uma falta de confiança dos consumidores.

Afinal, alguns podem encarar esse modelo como amador, pois é mais comum em cenários de revenda, por exemplo.

No entanto, mesmo utilizando plataformas confiáveis e tendo registros ativos, os consumidores que vendem como pessoa física podem encarar a desconfiança do público.

Isso é motivado, principalmente, pela falta de alternativas para avaliar a real qualidade do produto antes de comprar.

Embora seja possível receber itens com prejuízos em qualquer compra, a negociação com empresas pode tornar a devolução e suporte mais confiáveis.

Além disso, também existem práticas criminosas que aplicam golpes nas pessoas, aumentando a insegurança de comprar C2C.

Por isso, muitos vendedores precisam enfrentar o desafio de não espantar seu público, e transparecer confiabilidade, mesmo em um modelo de compra direto.

Logística incerta

Enquanto isso, outro desafio prático para quem atua com C2C é a logística incerta de negociação. Afinal, sem intermediação por outra plataforma, se torna mais difícil saber quais os próximos passos.

Isso é especialmente importante na internet, pois nem todos os compradores são da mesma localidade.

Nesse caso, é preciso dominar a logística de entrega e frete, para evitar complicações e a insatisfação do comprador.

Por outro lado, muitas pessoas não sabem como esse processo funciona, ou têm dúvidas sobre qual empresa escolher na prática.

Essa incerteza não apenas pode gerar dúvidas dos vendedores, como também contribui para a desconfiança dos compradores.

Por isso, antes de começar a vender C2C, é fundamental ter em mente como algumas logísticas vão funcionar.

Caso contrário, você correrá o risco de comprometer a sua venda e a experiência do usuário que compra com uma pessoa física.

Como o modelo C2C se diferencia de outros modelos?

Além do C2C, existem outros modelos de negócio disponíveis no mercado, e é interessante saber como eles se diferenciam.

Dessa forma, você poderá escolher a alternativa que, de fato, pode atender ao seu perfil de comerciante no mercado digital.

Veja as comparações com as principais modalidades:

C2C x B2B

Enquanto o C2C trabalha com a venda de consumidores para consumidores, o B2B é a sigla para Business to Business, ou Empresa para Empresa.

Na prática, o conceito é o mesmo, duas partes da mesma composição negociando entre si. Ou seja, companhias que vendem para companhias.

Geralmente, essa transação também não possui uma mediação, como o C2C, mas porque a própria empresa possui os aparatos para oferecer o produto ou serviço.

No entanto, ambas são igualmente práticas para as partes, especialmente pela facilidade de acordo e economia nos custos.

Empresas que atuam B2B podem ter descontos ou preços especiais por adquirir a mercadoria diretamente do fornecedor.

No mercado digital, essa forma também se popularizou, por conta das necessidades tecnológicas. Por exemplo, plataformas de serviço ou de controle.

Assim, se uma empresa precisa de um software, ela pode contratar de outra empresa. Essa relação configura um negócio B2B. 

Desde que ambos sejam da mesma natureza, física ou jurídica, podem compor um desses formatos.

C2C x B2C

Enquanto isso, o B2C é o formato que a maioria das pessoas está acostuma a lidar quando o assunto são compras.

Essa é a sigla para Business to Customer, ou seja, Empresa para Consumidor. Na prática, é o formato onde a empresa realiza a venda para o consumidor final.

Também é possível definir essa interação como uma venda entre pessoa jurídica para pessoa física.

No mercado tradicional, é uma das práticas mais comuns, especialmente porque são as companhias que disponibilizam produtos e serviços.

E, claro, isso reflete no e-commerce, como companhias que desenvolvem suas próprias plataformas e aplicativos para vender para o consumidor.

As diferenças enter B2C e C2C são mais notáveis, pois se comportam como opostos. Enquanto a relação empresa x consumidor tem partes diferentes e uma mediação jurídica, o consumidor x consumidor é mais simples e menos burocrático.

No entanto, em termos de confiabilidade e segurança, muitos usuários ainda preferem o B2C, por ser mais convencional.

Exemplos de C2C

Por fim, para entender melhor o que é C2C, vale a pena conhecer alguns exemplos populares de plataformas que permitem esse formato. Veja abaixo:

Mercado Livre

O Mercado Livre foi um dos primeiros canais de interação digital a permitir a popularização do C2C, trazendo mais praticidade e segurança para as negociações.

Isso porque a empresa não realiza a venda de produtos, ela apenas faz a mediação da comunicação.

Em outras palavras, o vendedor pessoa física pode cadastrar seus produtos pela plataforma, e o comprador acessa a mesma plataforma para procurar.

Durante o acordo, o Mercado Livre se responsabiliza pelas principais burocracias, e também traz alternativas de entrega, por exemplo.

No entanto, as partes que negociam continuam sendo consumidores, e tem menos burocracias para a finalização da compra.

Mesmo que empresas e pessoas jurídicas tenham entrado para a plataforma, existem milhares de perfis mais simples que negociam seus produtos novos ou usados pelo site.

Além disso, é um canal que resolveu alguns dos desafios do C2C, como falta de confiança e logística.

Por esse motivo, se tornou um dos canais mais populares desse formato atualmente.

OLX

O site OLX também é um dos melhores exemplos de canais que possibilitam o modelo de negócio C2C.

Afinal, ele foi criado para que pessoas interajam e revendam itens seminovos e usados, com mais praticidade e também com mediação na comunicação.

As ferramentas da OLX permitem facilitar a compra e segmentação de ofertas, além de ser conhecido pelos preços mais acessíveis.

Somente pessoas físicas podem anunciar na plataforma, o que garante que a negociação seja totalmente C2C.

Ainda, torna mais simples a procura por mercadorias de qualidade ou preservadas, mas com preço abaixo da média.

Mais recentemente, a OLX também investiu em recursos como seu próprio canal de empréstimo e confirmação de venda.

Dessa forma, os consumidores que estão interagindo podem ter ainda mais praticidade nas negociações quando encontrarem o produto que procuram.

Canais como a OLX são plataformas que incentivam o C2C em sua essência, e tornam as negociações mais simples.

Em resumo, o Consumer to Consumer é uma alternativa para os formatos tradicionais de compra diretamente com empresas, e é benéfico para as duas partes.

Por isso, vale a pena conhecer mais sobre essa modalidade e considerar adotá-la, seja para pesquisar ou anunciar produtos.

Assim, encontrará oportunidades de negócio sem burocracia, com segurança e custo-benefício ainda mais atrativo.

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Por Jessica Azevedo

Graduada em Turismo e pós graduada em Marketing Digital aplicado à Tecnologia da Informação. Tem na bagagem mais de 3 anos em SEO e tem como foco levar os melhores conteúdo para quem quer conhecer mais sobre o mercado digital.

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