Contabilidade para dropshipping envolve abrir um CNPJ, escolher o regime tributário adequado, emitir notas fiscais corretamente e calcular os impostos sobre as comissões recebidas. Também é essencial manter o controle do fluxo de caixa e separar as finanças pessoais das empresariais. Contar com o apoio de um contador especializado em negócios digitais garante conformidade fiscal e mais tranquilidade para crescer com segurança.
Muita gente que começa a vender no e-commerce se anima com a ideia do dropshipping, mas logo descobre que a burocracia brasileira não facilita em nada.
Nesse cenário, para trabalhar tranquilo e não ter problemas com o fisco, é importante entender bem como funciona a contabilidade para dropshipping.
Ela ajuda a organizar cada detalhe da operação, desde a emissão de notas fiscais até os impostos que você deve pagar.
Organizar essas questões evita surpresas desagradáveis no futuro, principalmente quando os pedidos começam a crescer e os números aumentam rapidamente.
Ter clareza sobre CNPJ, regimes tributários e obrigações fiscais ajuda a manter tudo em ordem sem dores de cabeça.
Quem ignora essas etapas acaba gastando mais tempo e dinheiro corrigindo erros depois.
Então, se você está pronto para aprender como colocar sua operação nos trilhos e manter tudo regularizado, siga a leitura com atenção.
O que é dropshipping?
Antes de entender o que é contabilidade para dropshipping, vale a pena definir esse tipo de negócio online.
Trata-se de um modelo pensado para quem quer vender sem precisar comprar mercadorias e armazenar em estoque.
Nele, o lojista apenas divulga os produtos na loja virtual e recebe os pedidos.
Quando alguém compra, o fornecedor é avisado e prepara o pacote, enviando diretamente para o consumidor final.
Nesse cenário, você funciona como intermediário entre quem fabrica ou distribui e o cliente que faz a compra.
Toda a responsabilidade pela gestão de estoque, embalagem e entrega fica nas mãos do fornecedor. Ou seja, você cuida da vitrine, do atendimento e das vendas, enquanto a outra ponta cuida da logística.
Assim, o grande atrativo do dropshipping está justamente na simplicidade para começar.
Quem escolhe esse caminho consegue montar a loja com pouco investimento e testar vários produtos rapidamente, já que não precisa manter um depósito próprio nem lidar com o envio.
Como funciona a contabilidade para Dropshipping?
A contabilidade para dropshipping funciona como um guia que ajuda você a manter sua loja legalizada, pagar impostos corretos e ter tranquilidade para focar nas vendas.
Ela organiza todas as informações financeiras do negócio, calcula tributos de acordo com o regime escolhido e prepara documentos exigidos pelo governo.
Assim, cada movimento das suas vendas fica registrado e dentro das regras brasileiras.
Para operar nesse modelo, é necessário abrir um CNPJ e escolher o regime tributário que mais combina com o tamanho e as características da sua loja.
Quem trabalha com dropshipping normalmente começa no Simples Nacional, pois esse enquadramento facilita a declaração e diminui a carga de tributos.
Mesmo assim, em alguns casos, o lucro presumido pode ser mais interessante, dependendo do faturamento e do nicho.
Não se preocupe! Vamos tratar de cada um deles separadamente neste artigo.
Então, você precisa emitir nota fiscal no dropshipping, manter um controle claro das importações e cuidar das obrigações acessórias, como declarações mensais e anuais.
Um contador ajuda a calcular corretamente os impostos, a preencher as guias e a enviar todas as informações ao fisco dentro dos prazos, evitando dores de cabeça desnecessárias.
Por que é importante entender a contabilidade no dropshipping?
Entender como fazer contabilidade para dropshipping ajuda a evitar uma série de problemas que podem aparecer quando você menos espera.
Quem começa vendendo sem regularizar a operação corre o risco de levar multas pesadas, ter bloqueios em contas de pagamento ou até perder parcerias importantes com fornecedores.
Quando a loja funciona informalmente, qualquer fiscalização pode resultar em dor de cabeça e prejuízo.
É comum ver lojistas enfrentando dificuldades para receber valores de gateways de pagamento por falta de documentação fiscal ou até perdendo contratos com distribuidores por não emitirem notas corretamente.
Nesse sentido, constituir um CNPJ para dropshipping desde o primeiro dia traz segurança e abre portas para crescer sem sustos.
Qual lei regula a contabilidade para uma empresa Dropshipping?
No Brasil, a contabilidade para uma empresa que atua com dropshipping segue as mesmas regras aplicáveis a qualquer pessoa jurídica.
Ela deve obedecer ao que está previsto no Código Civil, na Lei das Sociedades por Ações e nas normas fiscais que regulamentam a atividade comercial.
Cada detalhe dessas legislações ajuda a orientar como registrar receitas, despesas e impostos.
A Lei nº 10.406/2002, que instituiu o Código Civil, define as obrigações contábeis das empresas e reforça a necessidade de manter livros e demonstrativos atualizados.
Já a Lei nº 6.404/1976, conhecida como Lei das S.A., apresenta princípios para sociedades anônimas, mas também inspira boas práticas para outros formatos societários.
Ambas exigem que a escrituração reflita a realidade financeira com clareza.
Portanto, quem escolhe trabalhar no dropshipping deve seguir essas bases legais para não correr riscos.
Desde que a abertura do CNPJ seja feita corretamente e o regime tributário seja bem escolhido, a contabilidade se torna uma aliada para manter a empresa em conformidade com a lei e pronta para crescer.
CNPJ é obrigatório para trabalhar com dropshipping?
Para trabalhar com dropshipping no Brasil, ter um CNPJ não é só recomendável, mas obrigatório.
Ele permite emitir notas fiscais, abrir contas em plataformas de pagamento e negociar com fornecedores sérios.
Além disso, você consegue montar uma loja virtual bem estruturada e passar mais confiança para os clientes.
Atualmente, os tipos de empresa mais comuns para quem começa nesse mercado são MEI, EI e ME ou EPP.
O Microempreendedor Individual (MEI) tem um limite baixo de faturamento anual e algumas restrições em relação a atividades.
Já o Empresário Individual (EI) atende melhor quem fatura um pouco mais e precisa de mais liberdade para contratar funcionários.
A Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) permite escalar a operação com menos limitações e já suporta um volume maior de vendas.
Portanto, escolher o tipo certo logo no início facilita bastante sua jornada.
Cada opção tem características próprias, mas todas ajudam a construir um negócio regularizado e pronto para crescer com segurança.
Quais impostos devem ser pagos no dropshipping?
O principal tributo que as empresas que exploram o dropshipping devem pagar é o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Ele aparece quando a Receita entende que você atua no comércio, pois ele incide sobre circulação de mercadorias.
O montante pago é um percentual que varia de um estado para o outro e recai sempre sobre o valor da mercadoria.
Além disso, nós temos o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Esses dois tributos incidirão sempre sobre a receita das empresas, porém, não o montante total.
Em alguns casos, as alíquotas podem ser aplicadas sobre um percentual do faturamento. Vamos explorar essas opções com mais detalhes neste conteúdo.
Sobre o faturamento total incidem dois tributos chamados Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).
Além dos tributos sobre a venda, também pode haver encargos na importação ou compra junto ao fornecedor internacional.
Afinal, quando o produto entra no Brasil, a Receita Federal aplica taxas alfandegárias, como o Imposto de Importação e o IPI. Portanto, planejar bem cada etapa ajuda a evitar surpresas desagradáveis durante o processo.
Por fim, nós também temos o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) que é menos comum para as empresas que atuam no dropshipping, tendo em vista que ele é focado na prestação de serviços.
Quais são os regimes tributários mais usados no dropshipping?
Agora, vamos entrar em um assunto mais técnico, que gera muita dúvida, mas que você precisa conhecer bem. Estamos tratando dos regimes tributários.
No dropshipping, dois modelos se destacam mais: o Simples Nacional e o Lucro Presumido.
Ambos têm vantagens e limitações que precisam ser avaliadas com cuidado antes de escolher.
Cada opção combina melhor com diferentes níveis de faturamento, margens de lucro e estratégias de crescimento.
Além disso, esses dois regimes não são os únicos.
Nós temos mais um — chamado de Lucro Real — que é pouco utilizado no dropshipping, mas que você precisa conhecer.
Nos próximos tópicos, vamos trazer mais informações sobre cada um deles. Continue lendo!
Simples Nacional
O Simples Nacional é bastante procurado por empresas que estão no início ou ainda não faturam muito.
Ele foi criado para simplificar a vida de micro e pequenas empresas ao reunir vários impostos — como IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ICMS e ISSQN — em uma única guia mensal chamada Documento de Arrecadação do Simples (DAS).
Essa unificação facilita a rotina e reduz a burocracia, além de permitir alíquotas mais baixas em comparação com outros regimes para quem tem receita dentro do limite permitido.
Atualmente, o teto para participar do Simples é de R$ 4,8 milhões por ano.
Outro ponto positivo é a previsibilidade das alíquotas, que variam conforme o faturamento acumulado nos últimos doze meses.
Para quem está começando no dropshipping, pode ser uma boa escolha por permitir organizar as finanças sem precisar lidar com vários tributos isoladamente.
No entanto, ele não é compatível com qualquer tipo de atividade.
Por isso, antes de optar, é fundamental verificar se o CNAE escolhido para sua empresa é permitido no Simples.
Atenção à escolha do CNAE
Antes de continuar a nossa explicação sobre os regimes de tributação, é muito importante tratar da escolha do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas).
Esse código identifica qual atividade você exerce e influencia diretamente quais tributos serão aplicados e se você poderá ou não optar pelo Simples Nacional.
Um enquadramento errado pode levar a cobranças indevidas, multas e até impedimento de funcionar em determinados regimes.
Por isso, sempre converse com um contador antes de tomar qualquer decisão.
Ele ajudará a cruzar informações sobre seu faturamento esperado, margens de lucro e perfil do negócio para encontrar a melhor combinação entre regime tributário e CNAE.
Dessa forma, sua empresa começa já no caminho certo, com menos riscos e mais clareza sobre as obrigações.
Lucro Presumido
O Lucro Presumido costuma ser adotado por empresas que já ultrapassaram o limite do Simples.
Nesse regime, a Receita Federal presume um percentual de lucro sobre a receita bruta para calcular os impostos devidos, independentemente do lucro que efetivamente foi obtido.
Essa margem varia de acordo com a atividade: para comércio, por exemplo, é 8%; para serviços, pode chegar a 32%.
Vamos imaginar um exemplo. Suponhamos que a sua empresa tenha obtido um faturamento de R$ 50.000,00 em um mês.
Independentemente de quanto a sua operação tenha sido lucrativa, o os impostos que incidem sobre a receita (IRPJ e CSLL) terão como base de cálculo 8% desse valor.
Ou seja, as alíquotas desses tributos serão aplicadas sobre R$ 4.000,00 e não incidirá sobre o valor total do seu faturamento.
Para negócios bem organizados e que conseguem operar com margens maiores do que as presumidas, o Lucro Presumido pode ser bastante vantajoso.
Ainda assim, ele exige atenção maior aos detalhes, como escrituração completa e envio de obrigações acessórias, já que a fiscalização tende a ser mais rigorosa.
Lucro Real
Por fim, nós temos o Lucro Real, que é mais indicado para empresas que têm margens de lucro mais apertadas.
Nesse regime, os impostos são calculados sobre o lucro líquido efetivamente apurado, após todas as receitas e despesas serem devidamente registradas na contabilidade.
Esse modelo exige uma escrituração contábil mais detalhada, com registro de todos os custos e receitas mês a mês.
Ele também impõe uma carga administrativa maior, já que obriga o envio de várias obrigações acessórias e a comprovação clara de cada movimentação financeira.
Outro ponto relevante é que, em alguns setores, a legislação obriga empresas a optarem por ele, independentemente do faturamento.
Por isso, ele acaba sendo menos comum no dropshipping, mas pode se tornar necessário conforme o crescimento e o perfil da operação.
Portanto, mesmo sendo pouco usado por pequenas lojas virtuais, conhecer o Lucro Real ajuda a entender todas as possibilidades.
Conversar com o contador e analisar simulações pode mostrar se ele faz sentido para sua situação ou se outros regimes ainda são mais vantajosos no momento.
Como regularizar minha empresa Dropshipping?
Regularizar sua empresa de dropshipping começa com um bom controle das finanças.
A conciliação dos pagamentos precisa ser feita com frequência para que você saiba exatamente o que entrou, o que saiu e se os valores batem com o que as plataformas prometeram.
Assim, fica mais fácil identificar possíveis atrasos, estornos ou diferenças inesperadas nas transações.
Outro cuidado importante envolve conhecer bem a sua margem de lucro.
Calcular corretamente o quanto sobra depois de pagar fornecedor, impostos, taxas de cartão, comissões e despesas evita surpresas no final do mês.
Também vale listar todos os custos fixos, como mensalidades de ferramentas, aluguel de servidor ou até anúncios, para ter um panorama real do mínimo necessário para operar.
Por fim, acompanhe de perto o fluxo de caixa para não misturar o dinheiro da empresa com gastos pessoais.
Anote todas as taxas cobradas pelos gateways de pagamento e avalie se há espaço para renegociar.
A contabilidade ajuda bastante nesse processo porque organiza os números, prepara relatórios e deixa você sempre atualizado sobre a saúde financeira da loja.
FAQ — Quais são as dúvidas frequentes sobre contabilidade para dropshipping?
Para fechar este conteúdo, reunimos as perguntas que mais aparecem quando alguém começa a organizar a contabilidade para dropshipping.
Cada resposta foi pensada para ajudar você a entender rapidamente como lidar com essas situações no dia a dia.
Preciso emitir nota se o fornecedor está fora do Brasil?
Sim, a nota fiscal é sua obrigação perante o cliente e a Receita, mesmo quando o produto vem do exterior.
Sou MEI, posso operar com dropshipping?
Não. O MEI não permite importação para revenda, e o dropshipping envolve compra internacional, o que impede essa categoria.
Além disso, o limite de faturamento do MEI é de R$ 81 mil por ano, o que é facilmente ultrapassado em uma operação de dropshipping bem estruturada.
Preciso pagar imposto mesmo se tiver poucas vendas?
Sim. Desde que haja faturamento, mesmo pequeno, os tributos devem ser recolhidos conforme o regime tributário.
Como declaro meus ganhos no Imposto de Renda?
Os lucros devem ser informados na sua declaração anual, com base no informe contábil preparado pelo profissional responsável.
Tenho que registrar os dados do fornecedor na nota?
Não. A nota é emitida em nome do consumidor e não precisa mostrar o fornecedor, só a sua empresa.
Quanto custa por mês manter a contabilidade da minha loja?
Os valores variam bastante, mas para pequenas empresas os honorários costumam partir de cerca de meio salário-mínimo vigente no país.
Mas esse valor depende muito da complexidade do seu negócio.
Preciso abrir conta jurídica para minha loja?
Sim. Ter uma conta bancária no nome da empresa ajuda a separar as finanças pessoais das profissionais e facilita o controle.
Qual CNAE devo usar para dropshipping?
O ideal é utilizar uma atividade de comércio eletrônico ou representação comercial, conforme orientação do contador, para não ter problemas futuros.
Posso vender sem contrato com o fornecedor?
Não é recomendado. Um contrato formal ajuda a proteger você em caso de atrasos, produtos com defeito ou outras situações indesejadas.
O Simples Nacional sempre é a melhor escolha?
Nem sempre. Dependendo do faturamento e da margem, o Lucro Presumido pode ser mais vantajoso. Por isso, vale fazer simulações.
Tenho que pagar INSS e outros encargos?
Sim, como empresário você também recolhe contribuições previdenciárias e, se tiver funcionários, precisa arcar com encargos trabalhistas.
É necessário registrar marca para vender?
Não é obrigatório, mas registrar a marca ajuda a proteger seu nome e evita que outra pessoa use algo parecido para confundir seus clientes.
Por fim, entender a contabilidade para dropshipping é um passo importante para manter sua loja regularizada e preparada para crescer.
Com as informações certas, fica mais fácil escolher o regime tributário, calcular impostos e organizar as finanças sem medo.
Por isso, contar com apoio especializado ajuda a conduzir o negócio com segurança e tranquilidade.
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