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Gestão

XML da nota fiscal: o que é, para que serve e como gerenciar no e-commerce

Por Marina Correa

2 semanas atrás
Homem multitarefas analisando documentos e falando ao telefone, representando a gestão de XML da nota fiscal em loja virtual

Emitir documentos fiscais faz parte da rotina de qualquer loja virtual, mas nem sempre é simples entender o que fazer com o XML da nota fiscal.

Esse arquivo digital, cheio de informações técnicas, muitas vezes gera dúvidas sobre sua leitura, importância e como utilizá-lo de forma estratégica para manter a organização fiscal e contábil do negócio.

Saber interpretar e armazenar corretamente esse documento é fundamental não apenas para atender às exigências legais, mas também para garantir integração eficiente com sistemas de gestão e contabilidade.

Neste post, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre esse registro e como utilizá-lo no dia a dia da gestão do seu negócio.

Confira!

O que é o XML da nota fiscal?

O XML da nota fiscal é, em essência, o arquivo digital que reúne todas as informações registradas em uma NF-e.

Ele contém dados do emitente e do destinatário, a descrição dos produtos vendidos, valores tributos aplicados e outras informações exigidas pela legislação.

Por ser gerado automaticamente no momento da emissão da nota, o arquivo garante que todos os detalhes da operação fiquem devidamente documentados em um formato padronizado e aceito nacionalmente.

Mais do que um simples anexo, o XML é o verdadeiro documento fiscal eletrônico recebido pela Receita Federal e demais órgãos fiscalizadores.

É ele que assegura a validade jurídica da nota e possibilita que sistemas de gestão, contabilidade e auditoria façam leituras automáticas das informações, facilitando o controle e a conformidade tributária de qualquer negócio.

Qual a diferença entre a NF-e e o XML da nota fiscal?

É comum existir certa confusão entre a NF-e e o XML da nota fiscal, já que os dois estão diretamente ligados ao mesmo processo de emissão.

Alguns lojistas acreditam que basta guardar o documento recebido pelo cliente, quando na verdade o arquivo oficial que deve ser preservado é o XML.

Entender essa diferença é imprescindível para evitar problemas de conformidade e manter uma boa gestão fiscal.

A NF-e é a versão visual da nota, entregue ao consumidor em PDF ou no DANFE, trazendo apenas as informações essenciais da compra.

Já o XML é o arquivo digital completo, padronizado em formato eletrônico, onde estão todos os dados da operação e pode ser validado por sistemas da Receita Federal.

Portanto, enquanto a NF-e facilita a leitura, o XML é o documento fiscal oficial com validade jurídica.

Exemplo de XML da nota fiscal
Exemplo de XML da nota fiscal

Como ler o XML da nota fiscal?

Ler o XML da nota fiscal pode parecer complicado à primeira vista, sobretudo por se tratar de um arquivo cheio de códigos e tags técnicas.

Na prática, o registro tem um texto estruturado em formato XML (Extensible Markup Language), que pode ser aberto e visualizado tanto em editores de texto simples quanto em softwares especializados.

Com alguns conhecimentos básicos, é possível ao máximo os dados que ele oferece.

Acompanhe, a seguir, quais elementos o lojista deve observar.

Chave de acesso (identificador único da NF-e)

A chave de acesso é um código numérico único que identifica cada nota fiscal eletrônica emitida.

Funciona como a ‘’RG’’ da nota, permitindo sua validação junto à Receita Federal e facilitando consultas ou cancelamentos.

Todo arquivo XML contém essa chave, que garante a autenticidade e evita duplicidades.

Dados do emitente (CNPJ, razão social)

O XML traz informações detalhadas sobre emissor da nota, incluindo CNPJ, razão social, endereço e inscrição estadual.

Esses dados confirmam a origem da operação e são essenciais para qualquer conferência fiscal ou integração com sistemas contábeis.

Produtos e valores (quantidade, descrição, preço)

Cada item vendido é registrado no XML com descrição detalhada, quantidade, unidade, preço unitário e total.

Ter acesso a essas informações ajuda a controlar o estoque, gerar relatórios de vendas e conferir se todos os valores foram corretamente aplicados.

Impostos (ICMS, IPI, PIS, COFINS)

O documento especifica todos os tributos incidentes sobre a operação, detalhando alíquotas e valores de ICMS, IPI, PIS e COFINS.

Tais dados são cruciais para calcular corretamente os impostos, assegurar conformidade tributária e facilitar o envio de informações à contabilidade.

Destinatário (CNPJ, endereço)

Informações sobre o cliente ou empresa compradora, como CNPJ ou CPF e endereço completo, também estão no XML da NF-e.

Vale ressaltar que esses dados possibilitam a correta emissão da nota, além de otimizar a logística, o envio de produtos e a organização dos registros fiscais.

Como emitir o XML da nota fiscal?

Entender como emitir XML da nota fiscal é bastante simples. Isso porque, ao registrar uma venda no sistema de gestão ou em uma ferramenta como Bling ou Bagy, o software gera automaticamente o arquivo XML, reunindo todas as informações da operação, como dados do cliente, produtos, valores e tributos.

Desse modo, o lojista garante que cada transação seja registrada de forma completa e organizada, sem necessidade de procedimentos manuais.

Envio à Receita Federal

Após a geração, o XML é enviado à Receita Federal para a validação.

Esse passo é determinante para que a nota fiscal eletrônica seja considerada oficial e juridicamente válida.

Armazenamento e integração

Depois de aprovado, o documento é armazenado no servidor, estando pronto para futuras consultas. 

Ademais, pode ser integrado a softwares utilizados na gestão do negócio para facilitar futuras auditorias, relatórios financeiros e acompanhamento detalhado das operações.

Onde armazenar o XML da nota fiscal?

Guardar corretamente os arquivos é fundamental para manter a organização fiscal e contábil do empreendimento.

Lembre-se que o XML da nota fiscal eletrônica não é apenas um registro digital da venda, mas também um comprovante oficial que pode ser exigido em auditorias e fiscalizações.

Nesse sentido, ter esses arquivos bem armazenados contribui para a segurança jurídica e evita problemas com a Receita Federal.

Prazo legal de guarda

De acordo com a legislação brasileira, os arquivos XML devem ser preservados pelo prazo mínimo de 5 anos, conforme estabelece a Instrução Normativa RFB n° 1.774/2017.

Respeitar esse período é necessário para comprovar operações comerciais e atender a possíveis demandas fiscais, o que garante a empresa se mantenha em conformidade e evite o recebimento de multas ou atuações.

Opções de armazenamento seguro

A maneira mais prática e confiável de armazenar os XMLs é utilizando sistemas de gestão na nuvem.

Afinal, essas plataformas oferecem backup automático, segurança de dados e fácil acesso aos arquivos, permitindo consultar ou enviar documentos rapidamente sempre que preciso, sem riscos e perda ou corrupção.

Integração com sistemas de gestão e contabilidade

Além de armazenar, os XMLs podem ser integrados diretamente a softwares contábeis e sistemas de gestão, otimizando processos e reduzindo retrabalho manual.

A partir dessa integração, o documento é transformado em uma ferramenta estratégica, que auxilia no controle financeiro e fiscal da atividade exercida.

Compartilhamento do XML com a contabilidade

Muitos lojistas não percebem a importância de enviar regularmente o XML à contabilidade.

Deve-se destacar que o arquivo é a base para registros fiscais e apuração de tributo, além de facilitar a geração de obrigações acessórias, como SPED Fiscal e EFD-Contribuições.

Quando o contador recebe os XMLs de modo organizado e no prazo certo, o risco de erros diminui, a escrituração fica mais ágil e a empresa evita problemas com o fisco.

FAQ sobre o XML da nota fiscal

Para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto, reunimos aqui respostas que vão ajudar na emissão e gestão do XML.

O que fazer se o XML da nota fiscal estiver errado?

Quando o XML contém informações incorretas, a solução é cancelar a NF-e dentro do prazo legal e emitir uma nova nota com os dados corrigidos.

Preciso enviar o XML junto com a nota fiscal ao cliente?

Sim. O fornecedor é obrigado a disponibilizar o arquivo XML ao comprador, pois ele é o documento fiscal válido.

O cliente pode utilizá-lo para conferência, contabilidade e comprovação da operação.

Posso gerar o XML sem ter o CNPJ da empresa?

Não. O arquivo só pode ser emitido por empresas formalizadas com CNPJ e inscrição estadual.

Pessoas físicas não têm autorização para gerar NF-e, apenas notas avulsas em alguns casos, que não seguem o mesmo formato.

O que acontece se eu não armazenar o XML da nota fiscal?

Não guardar o XML pode trazer sérias consequências, como multas em fiscalizações, dificuldade para comprovar vendas e problemas na escrituração contábil.

A lei exige que os arquivos fiquem disponíveis por 5 anos.

O XML da nota fiscal é aceito como comprovante de compra?

Sim. Ele é o documento oficial registrado na Receita Federal e tem validade jurídica.

Por isso, é aceito em processos fiscais, auditorias e como comprovante em disputas comerciais.

Como faço para encontrar um XML de nota fiscal já emitida?

Se você perdeu o arquivo, pode recuperá-lo no portal da Secretaria da Fazenda (Sefaz) do estado, usando a chave de acesso, ou solicitar ao fornecedor que realizou a emissão, já que ele também é obrigado a mantê-lo no prazo legal.

Ao ser utilizado corretamente, o XML da nota fiscal facilita a gestão contábil, integra informações com sistemas de controle e previne problemas em fiscalizações.

Com ele bem armazenado e interpretado, é possível acompanhar vendas, tributos e processos internos com maior segurança e eficiência.

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Por Marina Correa

Graduanda em Letras pela UFMG, atua como Analista de Conteúdo da Commerce SMB (LWSA). Com uma experiência de mais de 3 anos no mercado digital, possui vasto conhecimento sobre empreendedorismo e vendas online. Hoje se dedica a trazer conteúdos de valor para lojistas que desejam aprender mais sobre o universo do e-commerce.

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