Gestão

O que é razão social: entenda o significa e a importância para sua empresa

Por Marina Correa

2 semanas atrás
Imagem ilustrativa de o que é razão social

Razão social é o nome jurídico e oficial de uma empresa, utilizado em registros legais, contratos e documentos fiscais. Diferente do nome fantasia que é voltado para o público e a divulgação da marca, a razão social identifica formalmente a empresa junto aos órgãos governamentais.

A razão social é o nome oficial da empresa perante os órgãos públicos e o mercado.

É com ele que você registra o CNPJ, abre conta bancária e assina contratos.

Diferente do nome fantasia, que é voltado ao cliente, a razão social representa a identidade jurídica da empresa.

Nos próximos parágrafos você vai ver por que a razão social é tão importante, como ela se diferencia do nome fantasia, além de dicas práticas para escolher e registrar a sua sem complicação.

Continue lendo!

O que é razão social?

A razão social é o nome oficial da empresa, registrado na Junta Comercial e nos órgãos de fiscalização.

Ela representa a identidade que o negócio assume perante o Estado, sendo usada em documentos fiscais, registros legais e obrigações contábeis.

Esse nome é o que aparece no CNPJ, nos contratos firmados com fornecedores e em cadastros realizados junto a instituições financeiras.

Assim, ele funciona como a forma jurídica pela qual a empresa é reconhecida, dando validade às suas atividades e operações.

Enquanto o nome fantasia é voltado ao público, a razão social está presente em toda relação jurídica e administrativa.

Assim, entender essa diferença ajuda a evitar confusões e dá mais clareza no processo de abertura e organização do negócio.

Diferença entre razão social e nome fantasia

Vale a pena aprofundar um pouco mais na difereça entre os dois conceitos, de modo que ambos fiquem muito claros em sua mente.

A razão social é o nome oficial que identifica a empresa nos registros legais, essa parte você já deve ter entendido

Já o nome fantasia é usado para divulgar o negócio ao público, sendo a marca que aparece em campanhas, placas e redes sociais.

Cada um cumpre um papel diferente e complementa a identidade da organização.

Enquanto a razão social tem validade jurídica, o nome fantasia representa a comunicação direta com clientes.

É possível encontrar situações em que as duas denominações são bem distintas, como no exemplo: “Razão social: Loja XYZ Ltda.; Nome fantasia: Moda para Você”.

Nesse sentido, a diferença está no objetivo de cada uma.

Exemplo de Razão Social vs. Nome Fantasia - Lojas Renner
Exemplo de Razão Social vs. Nome Fantasia – Lojas Renner

A primeira conecta a empresa aos órgãos reguladores e instituições financeiras, enquanto a segunda reforça a imagem que o consumidor reconhece no dia a dia.

Então, para acabarmos de vez com as dúvidas, segue um resumo:

  • Razão Social: nome jurídico da empresa e que estará presente em seus documentos oficiais;
  • Nome Fantasia: nome que o seu público vai te chamar.

Por que a razão social é importante?

A razão social está presente em diversas situações cotidianas das empresas.

Vamos demonstrar alguns exemplos nos próximos tópicos. Confira!

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Legalidade

A formalização de um negócio exige que toda operação esteja documentada, e a razão social é a chave para isso acontecer.

É esse nome que autoriza a empresa a emitir notas fiscais de produtos ou serviços, formalizar contratos com fornecedores e participar de processos de licitação.

Sem ele, não há como atuar de forma regularizada diante dos órgãos públicos.

Reconhecimento jurídico

A razão social transforma a empresa em uma entidade reconhecida pela lei.

Isso significa que ela pode assumir responsabilidades, ser parte em processos judiciais e firmar compromissos que têm validade legal.

Esse reconhecimento é o que separa uma atividade informal de uma organização consolidada, transmitindo confiança a parceiros comerciais e clientes.

Contabilidade

No campo contábil, a razão social organiza toda a vida financeira do negócio.

É com ela que bancos liberam linhas de crédito, contadores registram lançamentos fiscais e auditores conseguem rastrear operações.

Assim, além de estruturar a parte legal, esse nome garante transparência e facilita a gestão das obrigações que sustentam o crescimento.

Como escolher a razão social ideal? 

A definição da razão social não deve ser feita de qualquer jeito.

Essa decisão impacta tanto a parte burocrática quanto a imagem que o negócio transmite no mercado.

Veja alguns pontos que ajudam a escolher com mais segurança.

Verificar disponibilidade

Antes de tudo, é importante confirmar se o nome desejado não está sendo usado por outra empresa.

Essa pesquisa pode ser feita na Junta Comercial do seu estado e em bases da Receita Federal.

Assim, evita-se problemas legais e a necessidade de alterações futuras.

Evitar nomes longos ou confusos

Um nome muito extenso ou complicado pode atrapalhar registros e até mesmo causar erros em contratos.

Quanto mais objetivo for, melhor para a administração da empresa e para a relação com parceiros.

A simplicidade traz clareza nos documentos e reduz margem para falhas.

Incluir a natureza jurídica

A razão social precisa trazer a natureza jurídica correspondente.

Exemplos comuns são LTDA e MEI.

Essa inclusão não é apenas uma formalidade, mas um requisito obrigatório que diferencia o modelo de cada tipo de empresa perante a lei.

Impacto no branding

Mesmo não sendo divulgado diretamente ao público, o nome oficial também transmite credibilidade.

Investidores, bancos e fornecedores observam a razão social ao avaliar a seriedade do negócio.

Por isso, vale considerar como esse nome pode influenciar a imagem da marca no longo prazo.

Na hora de escolher a razão social da sua empresa, algumas regras básicas precisam ser seguidas.

Veja quais são:

  • Nome de identificação da empresa: é o nome que você escolher, podendo ser o nome dos sócios ou uma sigla;
  • Área de atuação: após o nome de identificação, acrescente a área de atuação da sua empresa (Serviços de Limpeza Geral, Materiais de Construção, etc.);
  • Formato jurídico: a sigla da natureza jurídica do seu negócio será o último dos elementos da razão social.

É fundamental que você saiba qual é o formato jurídico da sua empresa, que podem ser de 6 tipos:

  1. LTDA: empresa com número limitado de sócios;
  2. EIRELI: sigla para “Empresa Individual de Responsabilidade Limitada” e normalmente tem apenas um sócio;
  3. S.A: sigla para “Sociedade Anônima”, isto é, empresas de capital aberto;
  4. EPP: sigla para “Empresa de Pequeno Porte” e que se enquadra no Simples Nacional, com faturamento entre R$ 120 mil e R$ 1,2 milhão por ano;
  5. ME: sigla para “Microempresa”, optante pelo Simples Nacional, mas que fatura até R$ 120 mil por ano;
  6. MEI: sigla para “Microempreendedor Individual” e que possui faturamento de até R$ 80 mil anual.

Como registrar a razão social da sua empresa?

Registrar a razão social é uma das etapas mais importantes no processo de abertura de empresa.

Esse passo deve ser feito na Junta Comercial do estado onde o negócio terá sua sede, seguindo um fluxo que envolve análise de documentos e pagamento de taxas específicas.

O primeiro passo é reunir a documentação exigida, que geralmente inclui cópias de documentos pessoais dos sócios, comprovante de endereço, contrato social ou requerimento de empresário.

Depois, é preciso preencher os formulários fornecidos pela Junta Comercial, indicando a razão social escolhida, a natureza jurídica e os dados principais da empresa.

Em seguida, ocorre o protocolo do pedido, junto com o pagamento das taxas de registro.

Após a análise e aprovação, a empresa passa a ter oficialmente uma razão social registrada e pode seguir com a inscrição no CNPJ e nos demais órgãos necessários para o funcionamento.

Vale lembrar que a razão social pode ser alterada no futuro, caso haja necessidade.

Para isso, é preciso protocolar uma solicitação de alteração contratual junto à Junta Comercial, novamente apresentando documentos atualizados e pagando as taxas correspondentes.

Essa possibilidade dá flexibilidade para ajustes em caso de mudanças de sociedade, reposicionamento da marca ou expansão de atividades.

Exemplos de razão social para diferentes tipos de empresas

Para finalizar essa sessão, vamos apresentar alguns exemplos fictícios de razão social para cada natureza jurídica.

Começaremos com o Microempreendedor Individual.

Antes de 2022, o CPF do empreendedor fazia parte da razão social da empresa.

Contudo, com a interpretação da Lei Geral de Proteção de Dados, a legislação foi alterada e, atualmente, a razão social dessas empresas é compostas pelo nome do empreendedor acrescentando os 8 primeiros dígitos do CPF.

Por exemplo:

  • JOÃO DA SILVA 52.956.232.
  • MARIA DA SILVA89.999.543.

Nas sociedades empresariais limitadas, os sócios podem escolher a sua própria razão social (caso esteja disponível).

A única exigência é que ela seja finalizada com a sigla LTDA.

Por exemplo:

  • Comércio Digital Paulista LTDA.
  • Souza&Silva LTDA.
  • IrmãosOliveiras LDTA.

Por fim, temos as sociedades anônimas, que devem ter ao final da sua razão social o termo S.A.

Alguns exemplos reais incluem:

Petrobras – Razão social: Petróleo Brasileiro S.A

Ambev – Razão social: Ambev S.A

Ambev - Razão social: Ambev S.A

Vale – Razão social: Vale. S.A

Vale - Razão social: Vale. S.A

Quais são os erros comuns ao escolher a razão social da empresa?

A definição da razão social exige atenção, já que é ela que vai representar a empresa diante da lei e de órgãos reguladores.

Apesar disso, muitos empreendedores acabam cometendo falhas simples que se transformam em grandes dores de cabeça no futuro.

Para evitar problemas e tornar a jornada mais tranquila, vale a pena conhecer os erros mais frequentes e entender por que eles comprometem a formalização do negócio.

Escolher nomes já registrados ou muito parecidos com outras empresas

Um dos deslizes mais comuns acontece quando o empreendedor escolhe uma razão social já existente.

Esse detalhe, que poderia ser resolvido com uma rápida pesquisa, costuma atrasar bastante o processo de abertura da empresa.

Além disso, utilizar nomes semelhantes aos de empresas conhecidas pode gerar confusão no mercado, prejudicando a reputação do novo negócio.

Em casos mais sérios, ainda pode resultar em processos judiciais por uso indevido.

Ignorar a obrigatoriedade de incluir a natureza jurídica correta

A natureza jurídica não é um detalhe opcional, mas um requisito legal.

A ausência dessa informação na razão social impede a conclusão do registro e obriga o empreendedor a refazer o processo.

Esse tipo de erro, apesar de simples, atrasa o início das atividades e gera custos adicionais.

Além do impacto burocrático, deixar essa informação de fora compromete a transparência com fornecedores, bancos e parceiros comerciais, já que todos dependem desse dado para entender a estrutura da empresa.

Optar por nomes pouco profissionais, extensos ou confusos

Outro equívoco frequente é escolher uma razão social sem levar em conta como ela será vista no mercado.

Nomes muito longos ou com termos inadequados dificultam cadastros em bancos, contratos e sistemas fiscais.

Além disso, um nome confuso pode passar a impressão de amadorismo, reduzindo a credibilidade da empresa diante de parceiros estratégicos.

A razão social precisa transmitir seriedade e organização, já que será usada em contextos formais, diferentes do nome fantasia voltado ao cliente final.

Confundir a razão social com o nome fantasia da marca

Essa confusão acontece com frequência entre empreendedores de primeira viagem.

O nome fantasia é voltado à comunicação com o público e pode ser criativo, mas a razão social tem uma função completamente diferente, como já mencionamos.

Misturar esses conceitos pode levar a erros em contratos e cadastros, causando atrasos e retrabalho.

Ter clareza sobre essa distinção ajuda a organizar melhor a estrutura do negócio e evita problemas no dia a dia.

Deixar de pensar no impacto futuro da razão social escolhida

Alguns empreendedores definem a razão social pensando apenas no momento inicial.

O problema é que o negócio pode evoluir, mudar de segmento ou expandir sua atuação, e o nome escolhido pode se tornar um limitador.

Imagine, por exemplo, uma razão social vinculada a um único produto ou nicho de mercado que, no futuro, não representa mais a realidade da empresa.

Alterar esse dado é possível, mas demanda tempo e novos custos de registro.

Pensar a longo prazo reduz a chance de precisar passar por esse processo.

Usar abreviações ou siglas sem clareza de significado

Empresas que utilizam abreviações genéricas ou siglas sem explicação correm o risco de criar uma identidade confusa.

Esse problema pode gerar desconfiança em clientes, fornecedores e até em instituições financeiras, que podem ter dificuldade em identificar a empresa em cadastros oficiais.

Uma escolha mal estruturada impacta diretamente na credibilidade do negócio, mesmo em situações formais simples, como a abertura de conta bancária ou a solicitação de crédito.

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Dúvidas frequentes sobre razão social

Para deixar ainda mais claro o tema, veja respostas rápidas para questões que costumam surgir entre empreendedores que estão no processo de formalização.

Continue lendo!

Qual a diferença entre razão social e nome fantasia?

A razão social é o nome oficial, usado em documentos fiscais e registros legais. O nome fantasia é a marca apresentada ao público no dia a dia.

Posso alterar a razão social depois de registrada?

Sim. É possível solicitar a mudança na Junta Comercial, apresentando documentação atualizada e pagando as taxas correspondentes.

É obrigatório incluir a natureza jurídica no nome?

Sim. Siglas como LTDA, MEI ou EIRELI precisam estar na razão social, pois indicam o tipo jurídico da empresa.

Como saber se a razão social desejada está disponível?

Basta consultar a Junta Comercial do estado ou a base da Receita Federal. Isso evita conflitos e atrasos no registro.

A razão social aparece para clientes ou só é usada legalmente?

Normalmente, ela não aparece na divulgação ao público. O cliente conhece a marca pelo nome fantasia, enquanto a razão social é usada em notas fiscais e contratos.

Qual órgão é responsável pelo registro da razão social?

O registro é feito na Junta Comercial do estado onde a empresa será aberta. A partir daí, os dados são integrados com a Receita Federal para emissão do CNPJ.

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Graduanda em Letras pela UFMG, atua como Analista de Conteúdo da Commerce SMB (LWSA). Com uma experiência de mais de 4 anos no mercado digital, possui vasto conhecimento sobre empreendedorismo e vendas online. Hoje se dedica a trazer conteúdos de valor para lojistas que desejam aprender mais sobre o universo do e-commerce.

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