Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Gestão

O que é MEI? Como funciona e quais são as vantagens

Por Marina Correa

1 semana atrás
Imagem de empreendedora mostrando aprovação, simbolizando o que é MEI.

O MEI (Microempreendedor Individual) é um regime simplificado de formalização para pequenos empreendedores. Ou seja, ele permite atuar legalmente com impostos reduzidos, acesso a benefícios previdenciários e emissão de nota fiscal.

O Microempreendedor Individual (MEI) surgiu como uma solução para trabalhadores autônomos e pequenos empreendedores que desejam atuar de forma legalizada, sem a burocracia e os altos custos de outros modelos empresariais. Isto é, com um processo de registro simples e tributação reduzida, o MEI se tornou uma alternativa acessível para quem quer formalizar sua atividade, emitir notas fiscais e garantir benefícios previdenciários.

Neste artigo, vamos explorar detalhadamente como funciona o MEI, quais são os requisitos para se cadastrar, os custos envolvidos e as principais obrigações do microempreendedor. Por isso, se você está pensando em se tornar MEI, aqui você encontrará tudo o que precisa saber para dar o primeiro passo com segurança.

O que é MEI?

O Microempreendedor Individual (MEI) é um regime empresarial simplificado criado pelo governo brasileiro para facilitar a formalização de pequenos empreendedores e trabalhadores autônomos. Em outras palavras, com um processo de abertura descomplicado e custos reduzidos, ele permite que profissionais atuem legalmente, emitam notas fiscais e tenham acesso a benefícios previdenciários, como aposentadoria e auxílio-doença.

Esse modelo foi desenvolvido para incentivar a regularização de negócios informais, garantindo mais segurança tanto para o empreendedor quanto para seus clientes. Além disso, o MEI conta com um regime tributário simplificado, onde o pagamento dos impostos é feito por meio de uma guia única, chamada DAS-MEI, com um valor fixo mensal.

Se você trabalha por conta própria ou deseja começar um pequeno negócio, entender como funciona o MEI pode ser o primeiro passo para atuar dentro da legalidade e aproveitar os benefícios oferecidos. Nos próximos tópicos, vamos detalhar como se cadastrar, quais são os custos envolvidos e quais atividades podem ser enquadradas nesse regime.

Como funciona o MEI?

O MEI foi criado para simplificar a legalização de pequenos negócios. Para se tornar um Microempreendedor Individual, é necessário cumprir alguns critérios, como:

  • Faturar até R$ 81 mil por ano (ou proporcional caso tenha aberto o MEI ao longo do ano).
  • Não ser sócio, titular ou administrador de outra empresa.
  • Exercer uma das atividades permitidas no regime MEI.

A formalização é feita 100% online e gratuita através do Portal do Empreendedor. Após o registro, o MEI passa a ter um CNPJ e pode emitir notas fiscais, além de contar com benefícios previdenciários.

Quais são as taxas e impostos do MEI?

O Microempreendedor Individual (MEI) possui um regime tributário simplificado, no qual todos os impostos são pagos em uma única guia mensal chamada DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). Essa facilidade reduz a burocracia e permite que pequenos empreendedores operem dentro da legalidade sem complicações contábeis.

Banner de oferta da plataforma Bagy

Quanto custa o MEI por mês?

O valor do DAS-MEI varia conforme a atividade que você exerce e é atualizado anualmente. Os valores aproximados são:

  • Comércio e Indústria: R$ 70,60 (INSS + ICMS)
  • Serviços: R$ 74,60 (INSS + ISS)
  • Comércio + Serviços: R$ 75,60 (INSS + ICMS + ISS)

Esse valor já inclui a contribuição para a Previdência Social (INSS) e os tributos municipais ou estaduais (ICMS e ISS)

Você deve fazer o pagamento até o dia 20 de cada mês para evitar multas e juros.

O MEI paga outros impostos?

O MEI é isento de tributos federais como Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), PIS, Cofins, IPI e CSLL. No entanto, caso o faturamento ultrapasse R$ 81 mil anuais, o microempreendedor precisará migrar para uma Microempresa (ME) e passar a pagar impostos conforme o regime tributário escolhido.

O que acontece se o MEI atrasar o pagamento do DAS?

Se o MEI não pagar o DAS dentro do prazo, ele pagará juros e multa diária de 0,33%, limitada a 20% do valor da dívida. Além disso, se o atraso for prolongado, a dívida pode ser enviada para a Dívida Ativa da União, o que dificultará a obtenção de créditos e financiamentos e impedirá a emissão de nota fiscal.

No entanto, para evitar problemas, é possível regularizar pagamentos em atraso através do parcelamento do DAS, disponível no Portal do Empreendedor. De fato, manter as contribuições em dia garante que o MEI continue usufruindo de seus direitos e benefícios previdenciários.

Quais atividades podem se cadastrar no MEI?

Nem todas as profissões podem ser registradas como MEI. Ou seja, o governo estabelece uma lista oficial de atividades permitidas, que inclui diversas áreas do comércio, indústria e prestação de serviços. Essa lista é atualizada periodicamente e pode ser consultada no Portal do Empreendedor.

Entre as principais categorias permitidas no MEI, podemos destacar:

Comércio e vendas:

Lojistas de roupas, calçados, cosméticos, eletrônicos, acessórios e outros produtos variados. Além disso, pequenos revendedores e vendedores porta a porta também podem se formalizar.

Prestação de serviços:

Cabeleireiros, manicures, fotógrafos, eletricistas, encanadores, pintores, programadores, designers gráficos e profissionais de manutenção. Muitos trabalhadores autônomos encontram no MEI uma maneira de atuar de forma legalizada.

Alimentação:

Padeiros, confeiteiros, vendedores de comida pronta, food trucks e marmitarias caseiras. Para quem deseja atuar na área de alimentos, é importante verificar as exigências sanitárias do município.

Indústria e produção:

Fabricação artesanal de roupas, bijuterias, móveis, saboaria artesanal e outros itens produzidos manualmente.

Caso sua profissão não esteja na lista do MEI, será necessário optar por outro tipo de enquadramento empresarial, como a Microempresa (ME) ou a Empresa de Pequeno Porte (EPP). Essas modalidades permitem um faturamento maior, mas possuem regras tributárias diferentes e exigem um processo mais burocrático para a formalização.

Por isso, antes de se formalizar, é essencial verificar se sua atividade se encaixa no MEI e analisar as vantagens desse regime para o seu tipo de negócio.

Como abrir um MEI passo a passo

Para abrir um MEI, basta seguir estes passos:

  1. Acesse o Portal do Empreendedor.
  2. Clique em “Formalize-se” e faça login com sua conta Gov.br.
  3. Informe os dados solicitados e escolha a atividade principal do seu negócio.
  4. Revise as informações e conclua o cadastro.
  5. Após a aprovação, seu CNPJ será gerado automaticamente.

MEI, ME e EPP: Quais são as diferenças?

Ao abrir um negócio, é fundamental entender as diferenças entre MEI (Microempreendedor Individual), ME (Microempresa) e EPP (Empresa de Pequeno Porte). 

Cada uma dessas modalidades possui regras específicas quanto ao faturamento, tributação e obrigações contábeis. Por isso, a escolha do melhor enquadramento depende do porte do negócio e das necessidades do empreendedor.

Comparação entre MEI, ME e EPP

Tipo de empresaFaturamento anual permitidoAtividades permitidasTributação e pagamento de impostosCapital Social exigidoNúmero de funcionários
MEI (Microempreendedor Individual)Até R$ 81 milApenas as atividades previstas na lista do governoImpostos fixos pagos mensalmente pelo DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional)Não há exigênciaAté 1 funcionário
ME (Microempresa)Até R$ 360 milQualquer atividade, desde que permitida pelo regime tributário escolhidoPode optar pelo Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, dependendo do faturamento e da atividade exercidaDefinido pelo regime jurídico escolhido (EI, SLU ou LTDA)Até 9 funcionários para comércio e serviços e até 19 para indústria
EPP (Empresa de Pequeno Porte)De R$ 360 mil a R$ 4,8 milhõesSem restriçõesPode optar pelo Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, conforme a necessidade do negócioDefinido pelo regime jurídico escolhido (EI, SLU ou LTDA)De 10 a 49 funcionários para comércio e serviços e de 20 a 99 para indústria

Quando optar por cada modelo?

  • MEI: Ideal para quem está começando e deseja trabalhar por conta própria, sem burocracia e com um faturamento anual de até R$ 81 mil. O pagamento de impostos é unificado, e o empreendedor pode contratar um único funcionário.
  • ME: Indicado para quem já tem um negócio estruturado e pretende expandir, contratando mais funcionários e aumentando o faturamento. A tributação pode ser mais complexa, exigindo a escolha do melhor regime tributário.
  • EPP: Ideal para empresas de maior porte que possuem mais funcionários e faturamento acima de R$ 360 mil ao ano. Essa modalidade permite um crescimento escalável, sendo uma alternativa para quem deseja atuar em mercados mais competitivos.

Qual a melhor escolha para quem está começando?

Se você está iniciando um negócio e espera faturar até R$ 81 mil por ano, o MEI é a opção mais vantajosa. Ele oferece benefícios como tributação reduzida, isenção de contador obrigatório e acesso a benefícios previdenciários, além da facilidade na formalização.

No entanto, caso sua empresa cresça e ultrapasse o limite de faturamento do MEI, será necessário migrar para ME ou EPP, dependendo do porte da empresa. É essencial planejar bem essa transição para evitar complicações fiscais e garantir o crescimento sustentável do seu negócio.

Como o MEI pode emitir Nota Fiscal?

O Microempreendedor Individual (MEI) não é obrigado a emitir nota fiscal para vendas realizadas a consumidores finais (pessoas físicas). No entanto, caso a venda seja feita para outra empresa (CNPJ), a emissão de nota fiscal se torna obrigatória. Isso garante mais transparência nas transações e possibilita que o comprador possa registrar a compra corretamente.

Como emitir Nota Fiscal sendo MEI?

Para começar a emitir notas fiscais, o MEI precisa seguir alguns passos:

  1. Cadastro na prefeitura ou no estado — O primeiro passo é solicitar uma autorização na prefeitura (para Nota Fiscal de Serviços — NFS-e) ou na Secretaria da Fazenda do Estado (para Nota Fiscal de Produto — NF-e). O órgão responsável varia conforme o tipo de atividade exercida.
  2. Solicitação da Inscrição Estadual (quando necessário) — Para MEIs que vendem mercadorias, pode ser necessário solicitar uma Inscrição Estadual junto à Secretaria da Fazenda do Estado, pois alguns estados exigem esse cadastro para emissão de notas fiscais.
  3. Acesso ao sistema de emissão de NF-e — Após a autorização, o MEI pode utilizar os sistemas disponibilizados pelo município ou estado para emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ou a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e).
  4. Uso de certificado digital (em alguns casos) — Alguns estados exigem um certificado digital para emissão de NF-e. No entanto, muitos permitem a emissão somente com o login e senha do empreendedor no sistema de notas fiscais.

MEI pode emitir Nota fiscal avulsa?

Sim, caso o MEI precise emitir nota fiscal esporadicamente, algumas prefeituras e estados permitem a emissão da Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e), sem a necessidade de um sistema próprio. Esse recurso pode ser útil para quem realiza poucas vendas para empresas.

A emissão de nota fiscal pode ajudar o MEI?

Embora a emissão de nota fiscal seja opcional para vendas a pessoas físicas, emitir notas regularmente pode trazer benefícios para o MEI, como:

  • Mais credibilidade no mercado, pois muitas empresas preferem comprar de fornecedores que emitem NF.
  • Facilidade no controle financeiro, permitindo um registro mais preciso das vendas.
  • Possibilidade de participar de licitações públicas, pois empresas que vendem para o governo precisam emitir notas fiscais.

Se o seu negócio está crescendo, considere começar a emitir notas fiscais regularmente para fortalecer sua marca e facilitar futuras transações com outras empresas.

O que acontece se atrasar o pagamento do MEI?

Se o MEI não pagar o DAS em dia, ele pode enfrentar algumas penalidades, como:

  • Multas e juros sobre os valores atrasados.
  • Perda do direito a benefícios previdenciários.
  • Inscrição do CNPJ na dívida ativa da União.

Caso o MEI tenha acumulado parcelas em atraso, é possível fazer um parcelamento do débito diretamente no Portal do Empreendedor.

O MEI pode se aposentar?

Sim! O MEI tem direito à aposentadoria pelo INSS, mas é necessário cumprir alguns critérios:

  • Aposentadoria por idade: 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, com pelo menos 15 anos de contribuição.
  • Aposentadoria por invalidez: comprovada por laudo médico.

Se o MEI quiser se aposentar por tempo de contribuição, ele precisa complementar a alíquota de INSS de 5% para 20%, pagando a diferença por meio da Guia da Previdência Social (GPS).

Quem tem restrição no nome pode abrir um MEI?

Sim! Mesmo quem está com o CPF negativado pode abrir um MEI. Diferente de outros tipos de empresa, o processo de formalização do Microempreendedor Individual não exige análise de crédito, o que significa que restrições no nome não impedem o registro.

No entanto, é importante destacar que ter o nome negativado pode gerar algumas dificuldades na gestão do negócio. Empreendedores com restrição podem enfrentar barreiras na hora de conseguir crédito em bancos, solicitar financiamentos, abrir contas PJ ou até mesmo emitir boletos bancários. Algumas instituições financeiras consideram o histórico de crédito ao oferecer esses serviços, o que pode limitar as opções disponíveis.

Caso o objetivo ao se formalizar como MEI seja crescer e expandir o negócio, é interessante buscar formas de negociar e regularizar as pendências financeiras. Manter o CNPJ ativo e pagar os impostos do MEI em dia também ajuda a construir um histórico positivo, facilitando o acesso a crédito no futuro.

Como um MEI pode ajudar empreendedores digitais e donos de lojas virtuais?

Se você vende online, seja por meio de redes sociais, marketplaces ou em uma loja virtual própria, formalizar-se como MEI pode trazer diversas vantagens. Além de atuar dentro da legalidade, essa formalização amplia suas oportunidades de crescimento, garantindo mais credibilidade e segurança para seu negócio.

Benefícios do MEI para empreendedores digitais

  • Acesso a meios de pagamento seguros — Com um CNPJ MEI, é possível habilitar pagamentos por cartão de crédito, boleto bancário e até Pix em plataformas de e-commerce. Isso facilita as transações e oferece mais opções para seus clientes, aumentando a conversão de vendas.
  • Emissão de nota fiscal — Muitos fornecedores e clientes empresariais exigem nota fiscal para realizar compras. Sendo MEI, você pode emitir notas fiscais eletrônicas (NF-e), tornando sua loja mais profissional e ampliando suas possibilidades de venda para empresas.
  • Credibilidade e confiança para sua marca — Negócios formalizados transmitem mais segurança para os consumidores, o que pode ser um diferencial competitivo. Um CNPJ também facilita parcerias com fornecedores e até mesmo a obtenção de melhores condições de compra.
  • Acesso a crédito e benefícios financeiros — O MEI pode solicitar empréstimos e financiamentos com juros mais baixos em instituições financeiras que oferecem linhas de crédito específicas para pequenos negócios. Isso pode ajudar na expansão da loja virtual, na compra de estoque ou na melhoria da infraestrutura.

O MEI e a criação de uma loja virtual própria

Para quem deseja profissionalizar suas vendas online, escolher a plataforma de e-commerce certa é essencial.

A Bagy permite que empreendedores digitais criem sua própria loja virtual sem burocracia, com ferramentas que facilitam a gestão do negócio. Com a plataforma, você pode vender de forma integrada a marketplaces e diversos meios de pagamento, tornando o processo mais simples e eficiente.

Além disso, a gestão de estoque e pedidos fica muito mais organizada, evitando falhas operacionais e melhorando a experiência do cliente. Se você já vende online e deseja levar seu negócio para o próximo nível, formalizar-se como MEI e contar com uma plataforma de vendas completa pode ser o caminho ideal para crescer com segurança e estabilidade.

Conheça os planos da Bagy e crie sua loja virtual profissional com poucos cliques. 

Veja o que você irá encontrar neste artigo

Crie agora a sua loja virtual

Sua loja avaliada por quem entende!

Receba uma análise completa da sua loja e aumente suas vendas.

Tenha sua loja virtual por menos do que você gasta com café!

Planos a partir de R$ 49/mês!

* SEM COMPROMETER O LIMITE DO SEU CARTÃO

Por Marina Correa

Graduanda em Letras pela UFMG, atua como Analista de Conteúdo na Bagy. Com uma experiência de mais de 2 anos no mercado digital, possui vasto conhecimento sobre empreendedorismo e vendas online. Hoje se dedica a trazer conteúdos de valor para lojistas que desejam aprender mais sobre o universo do e-commerce.

Conteúdos que fazem sua loja crescer!

Receba no seu e-mail dicas práticas sobre loja virtual, estratégias de vendas, gestão e as principais novidades do mundo do e-commerce.

Comece agora

Tenha um site pronto para sua loja vender!