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Criptografia: entenda o que é, quais são os diferentes tipos e qual a importância para as empresas

Por Jessica Azevedo

2 anos atrás
Imagem ilustrativa de criptografia

A criptografia é um conjunto de técnicas que protegem os dados, criando códigos para que outras pessoas não possam acessá-las. Essa tecnologia é fundamental hoje em dia, e atua em diversos segmentos. Por esse motivo, vale a pena entender como ela funciona e quais os modelos que existem para implementar no seu negócio.

É fato que a criptografia está presente em todos os lugares, mas será que você sabe qual a importância dessa tecnologia para o seu negócio?

Afinal, é com ela que podemos saber se o site é seguro, por exemplo. Ou trocamos documentos confidenciais com outra pessoa sem correr o risco de comprometer as informações.

Por outro lado, sem um protocolo de codificação, o seu cliente pode ter receios na hora de se cadastrar ou finalizar uma compra pela internet, o que compromete não apenas os seus lucros, mas também a sua credibilidade no mercado.

Ou seja, a criptografia é essencial para realizar as operações virtuais que conhecemos, com segurança e tranquilidade. Por esse motivo, é importante providenciar que essa tecnologia esteja presente no seu site. 

Não sabe como fazer isso? O primeiro passo é conhecer mais sobre esse conceito e como ele funciona!

Confira essas e outras informações que separamos em um conteúdo especial sobre o assunto, e entenda a importância real da criptografia para as empresas.

O que é criptografia de dados?

A criptografia de dados é um conjunto de práticas e técnicas que visa tornar a comunicação e as operações virtuais mais seguras na presença de terceiros.

Em outras palavras, são protocolos que codificam as informações para torná-las privadas, permitindo que apenas o emissor e o receptor possam acessá-las.

O conceito que define o que é criptografia é aplicado em vários setores, há centenas de anos. Por esse motivo, surgiu a modalidade voltada para os dados, que trata das atividades dentro da internet.

Atualmente, todos os tipos de arquivos e informações podem ser criptografados, desde mensagens de texto, até transações financeiras.

Como funciona a criptografia de dados?

A criptografia funciona por meio de algoritmos matemáticos usados para embaralhar as mensagens, de modo que apenas quem possui as chaves pode acessá-las novamente.

Inicialmente, a informação ou arquivo é um texto simples, que qualquer pessoa pode ler. No entanto, ao ser codificado, seu conteúdo se torna cifras, geralmente valores matemáticos que correspondem às letras e frases.

Assim, ela é enviada para o destinatário, que utiliza sua chave, geralmente automática, que decodifica esses valores e volta o texto em formato legível.

Chaves e protocolos

Atualmente, a base da criptografia de dados são as chaves, algoritmos que entendem os valores matemáticos usados e transformam eles em informações legíveis para as pessoas.

Um conjunto de chaves e padrões para realizar esse processo é chamado de protocolo.

Geralmente, as mensagens enviadas pela internet transformam os dados em uma sequência de caracteres para protocolos de rede. No entanto, existem diversas possibilidades de criptografia, desde simples, até mais complexas.

Por exemplo, considere que a mensagem HELLO é transformada em H3LL0. É possível compreender que as letras E foram transformadas em 3, e as letras O no número 0. Esse entendimento é o padrão de codificação, ou seja, o protocolo seguido.

A chave para entender essa mensagem é simples, basta substituir cada letra e número correspondente. Em frases longas ou mesmo textos completos, o número de substituições é maior, com sequências mais complexas.

Conheça um pouco da história da criptografia

A criptografia, de modo geral, é usada há milhares de anos. O primeiro uso documentado com essa codificação foi em torno de 1900 A.c., no Egito, quando um escriba usou hieróglifos fora do padrão em uma inscrição secreta.

Entre 600 a.C. e 500 a.C., os hebreus usaram a cifra de substituição simples, de fácil reversão e fazendo uso de cifragem dupla para obter o texto original para escrever o Livro de Jeremias.

Na Grécia, um dos formatos mais famosos de criptografia foi o chamado “Codificador de Júlio César” ou “Cifra de César”, que apresentava uma das técnicas mais clássicas conhecidas até hoje. Basicamente, ela substitui as letras do alfabeto avançando três casas. Segundo historiadores, esse algoritmo foi responsável por enganar muitos inimigos do Império Romano.

Dos anos 700 a 1200, são relatados diversos estudos de criptografia na civilização árabe-islâmica, que contribuíram para os processos como conhecemos hoje.

Posteriormente, na Idade Moderna, criptógrafos desenvolveram uma máquina para se comunicar na guerra alemã, automatizando os protocolos pela primeira vez. Em 1928, o exército alemão construiu uma versão conhecida como “Enigma G”, famosa até os dias de hoje.

Enquanto isso, a “Guerra Fria”, entre Estados Unidos e União Soviética foi um dos momentos históricos que mais utilizaram a criptografia para a troca de estratégias entre as bases sem que o inimigo descobrisse.

Basicamente, trata-se de um processo famoso na história, e presente em diversos momentos da evolução da comunicação.

Quais são os tipos de criptografia?

Com o avanço da tecnologia, diversos tipos de criptografia de dados foram desenvolvidos. Confira alguns detalhes sobre as principais modalidades:

Criptografia simétrica

A criptografia simétrica é o tipo mais tradicional e provavelmente o sistema que as pessoas mais conhecem.

Isso porque ele usa uma única chave para codificar as informações. É o exemplo da palavra HELLO, que se torna H3LL0.

Nesse caso, para entender a mensagem, basta usar a mesma lógica, ou chave, de trocar as letras por números.

A principal função do modelo simétrico é proteger os dados de forma simples, como em armazenamentos externos, e exige um canal confiável para transferência de arquivos.

Criptografia assimétrica

Enquanto isso, a criptografia assimétrica utiliza duas chaves diferentes para codificar e decodificar um dado. Por isso, é a mais comum na internet.

A primeira chave é uma pública, e serve para codificar uma mensagem. Tecnicamente, qualquer pessoa pode usá-la, pois não é complexa nem secreta.

No entanto, quando a mensagem chega, somente uma segunda chave privada pode decodificar a informação.

Por conta da segurança, essa criptografia costumam ser aplicada em várias operações do dia a dia, como:

  • assinatura eletrônica;
  • envio de e-mails ou mensagens por aplicativo;
  • login em sites;
  • transações financeiras online.

Inclusive, o próprio protocolo de segurança do seu navegador segue a criptografia assimétrica, o famoso “https://” antes da URL.

Por ser mais complexo, não precisa ter sempre um canal seguro para trocar informações com tranquilidade.

Hashing

O Hashing é uma criptografia mais moderna que embaralha os dados para que eles não sejam sequer reconhecíveis. Ou seja, não foi planejado para ser reversível.

Basicamente, ele gera um código fixo imutável, e não precisa ser usado necessariamente para embaralhar uma mensagem, mas para verificar a sua integridade.

Dessa forma, ele valida o conteúdo de um arquivo por meio de uma chave criptográfica gerada especialmente para ele. Com isso, é possível ver se houve alguma tentativa de violação.

Em quais situações a criptografia é utilizada?

Atualmente, a criptografia é mais comum do que se imagina.

Ela está presente em praticamente todos os tipos de envio de mensagens na internet, além de pagamentos digitais e transações pela rede.

Cartões de crédito com aproximação, que utilizam a tecnologia NFC, também são criptografados, e trocam informações com os terminais de maneira codificada, para não serem interceptados.

Ainda, quando um usuário realiza um pagamento em uma loja virtual, faz isso em uma página com protocolos de criptografia.

Assinaturas digitais e reconhecimento de identidades em negociações corporativas já usam esses protocolos para confirmar os documentos, e mesmo os e-mails são codificados para que apenas o remetente possa ler.

Recentemente, aplicativos e redes sociais como Instagram, WhatsApp e Telegram também adotaram protocolos de ponta para proteger as mensagens dos seus usuários.

Quais são os algoritmos de criptografia mais conhecidos?

Depois de conhecer mais sobre o que é criptografia, vale a pena avaliar quais os algoritmos que são mais conhecidos na rede. Veja detalhes sobre os principais:

Criptografia RC4

A criptografia RC4, sigla para Rivest Cipher 4, é uma cifra criada no fim dos anos 1980, sendo um dos algoritmos simétricos mais populares.

Ele foi usado como base para criar os protocolos Secure Socket Layer (SSL), hoje conhecido como Transport Layer Security (TLS).

Mesmo que não sejam mais usados com frequência, pela sua praticidade, essa criptografia foi base para o desenvolvimento de outras.

Criptografia Twofish

Outro tipo de criptografia simétrica é a Twofish, uma evolução da Blowfish, que usava chaves de 256 bit.

Inicialmente, ela se destacou no Instituto de Tecnologia e Ciências Nacional americano, que buscava um modelo para substituir a DES. 

Seu uso também era mais simples, de forma simétrica, mas permitia mensagens codificadas de maneira mais complexa, pela extensão maior.

Criptografia DES

A criptografia DES, ou Data Encryption Standard, é também um tipo de chave simétrica tradicional, criado na década de 1970 pelos desenvolvedores da IBM.

Na prática, é um algoritmo que converte texto simples em blocos de 64 bits em texto cifrado, com chaves 48 bits.

Seu tamanho de chave era relativamente pequeno, sendo considerado inseguro para a maioria das aplicações hoje em dia, mas também foi revolucionário na época, e serviu como base para outros elementos.

Criptografia 3DES

A 3DES é derivada da DES, sendo popular nos anos 1990 por trazer três chaves de 64 bit, em vez de apenas uma.

Apesar do esquema mais complexo, diversas operações não conseguem mais ser atendidas por esse formato, e ele deixará de ser usado em 2023.

Criptografia RSA

Enquanto isso, a criptografia RSA foi um dos primeiros tipos assimétricos criados, e ainda é usada nos dias de hoje.

Seu funcionamento é básico, pois usa uma chave pública para emitir e uma chave privada para decodificar.

Nesse caso, atividades mais simples podem ser facilmente atendidas por esse protocolo.

Criptografia AES

A criptografia AES, sigla para Advanced Encryption Standard, ou Protocolo de Encriptação Avançada, é a cifra usada atualmente para proteger a transferência de dados online.

Essa é uma das melhores e mais seguras cifras aplicadas online, por conta da sua simplicidade de uso, mas reforço na segurança.

Tecnicamente, é uma chave simétrica, pois usa a mesma lógica na criptografia e descriptografia. No entanto, seu algoritmo usa uma rede de substituição que aplica várias rodadas para codificar a mensagem.

Isso significa que ela passa a ter um alto nível de proteção, e o acesso não autorizado teria que descobrir quais as rodadas aleatórias que foram usadas.

Criptografia em trânsito versus em repouso: qual a diferença?

A criptografia de dados em repouso, como o nome sugere, é um formato aplicado apenas quando as informações estão “paradas” em algum banco de dados, HD ou drive externo.

Nesse caso, arquivamentos, transferência online para offline e movimentação de documentos em um servidor próprio podem usar esse protocolo.

Enquanto isso, a criptografia em trânsito protege os dados que estão em movimento, como as mensagens trocadas em aplicativos ou o acesso em um site na internet.

Se as mensagens forem dinâmicas, é preciso usar um formato que acompanhe esses envios, e, por isso, o modelo em trânsito é o mais comum.

O que são dados criptografados de ponta a ponta?

A criptografia de ponta a ponta é um tipo de proteção que ocorre entre mensagens diretas, como nos aplicativos WhatsApp e Telegram.

Basicamente, existem dois receptores e emissores, sem um mediador, o que permite a aplicação do end-to-end encryption (E2EE).  

A troca de informações curtas se tornam mais seguras e pouco acessíveis. Até mesmo a desenvolvedora do aplicativo não consegue acessá-las, somente quem está recebendo os dados.

Esse processo é mais usado nesses casos porque não existem mediadores. No caso de um site na internet, existem várias camadas que interceptam a mensagem para fazer com que ela chegue, e o ponta a ponta pode não atender satisfatoriamente esse trânsito.

Profissionalize o seu negócio

Qual a importância da criptografia nas empresas?

A criptografia é importante para que as empresas protejam as suas informações e dos seus clientes, independente da operação realizada.

Muitas companhias vivenciaram escândalos de vazamentos, e consumidores foram prejudicados ao terem seus dados expostos.

Por esse motivo, é essencial assegurar a implementação dessa tecnologia em seus sistemas, evitando situações complexas e que coloquem a companhia em risco.

Além disso, ter criptografias no seu negócio aumenta sua credibilidade, e os clientes se sentirão mais tranquilos ao utilizar seus serviços.

Dessa forma, é um elemento fundamental para construir seu branding e se consolidar de forma positiva no mercado.

Nesse caso, vale a pena implementar os protocolos de criptografia em suas rotinas, e trazer mais proteção para o dia a dia.

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Por Jessica Azevedo

Graduada em Turismo e pós graduada em Marketing Digital aplicado à Tecnologia da Informação. Tem na bagagem mais de 3 anos em SEO e tem como foco levar os melhores conteúdo para quem quer conhecer mais sobre o mercado digital.

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