O capital de giro consiste na diferença entre os recursos financeiros disponíveis e a soma das despesas e contas a pagar. A melhor forma de prevê-lo é ter um planejamento adequado e detalhar os gastos e entradas a curto, médio e longo prazo.
Saber o que é capital de giro é fundamental para quem deseja abrir o próprio negócio e ter um empreendimento saudável. Afinal, esse conceito pode não parecer importante, mas ele determina a capacidade da sua empresa de pagar todas as contas.
Além disso, mesmo sendo um fator contábil, é essencial que todo gestor tenha conhecimento sobre essa prática e como ela é composta.
Dessa forma, será possível administrar o negócio da melhor maneira possível, tomando decisões assertivas para garantir a manutenção de todas as atividades.
E, claro, saber mais sobre esse conceito também auxilia na correta implementação de outras estratégias, como o controle do fluxo de caixa e cortar os gastos desnecessários.
No entanto, isso só é possível entendendo o que é capital de giro e qual a sua importância, dificultando tomadas de decisões e até mesmo a visibilidade da saúde financeira do negócio.
Por isso, nós preparamos um guia completo sobre o assunto, com tudo que você precisa saber para investir no seu negócio com segurança.
O que é o capital de giro?
O conceito de o que é capital de giro engloba, basicamente, todos os recursos que são necessários para que a empresa continue operando regularmente.
Em outras palavras, é o valor que você precisa ter para pagar todas as suas despesas e continuar produzindo as suas mercadorias ou realizando os seus serviços.
Nesse caso, esse é o investimento total que deve ficar reservado mensalmente para custear a operação do negócio, sem que existam pendências.
No início da empresa, é comum que o cálculo do capital de giro seja feito para avaliar as previsões de quanto será preciso manter em caixa para cumprir com todas as obrigações da empresa no futuro.
Entretanto, depois de alguns meses de operação, é possível traçar um parâmetro mais concreto, por meio da média das despesas anteriores.
Além disso, para entender o que é capital de giro, é importante saber quais os principais recursos que compõem esse conjunto, como:
- dinheiro em espécie;
- crédito liberado;
- estoque;
- patrimônios;
- bens imóveis;
- investimentos.
Ou seja, esse conceito não engloba apenas o dinheiro disponível para pagar as contas, mas também outros capitais também.
Contudo, da mesma forma, é fundamental ter em mente que não se trata apenas de quitar as despesas, mas pagá-las e manter o negócio funcionando.
Por isso, o capital de giro inclui não só os gastos mensais, mas também outros custos de produção, para que a empresa não fique parada.
Quais são os tipos de capital de giro?
Para quem está começando a aprender o que é capital de giro, é importante saber quais os tipos que existem, e o que eles significam.
Assim, o gestor pode se tornar um especialista, e ter ainda mais controle sobre as finanças do seu empreendimento.
Por isso, veja quais as características de cada modalidade:
Capital de giro líquido
Quando falamos do capital de giro líquido, estamos nos referindo a toda quantia restante depois de subtrair o passivo circulante do ativo circulante.
Ou seja, de forma mais clara, é o valor que sobra depois de tirar as despesas das receitas, as contas dos recebimentos.
Isso significa que o capital líquido segue os mesmos conceitos de pagamento líquido, por exemplo, já calculado depois dos descontos.
Além disso, é fundamental reforçar que esse conceito considera apenas os recursos que podem ser usados rapidamente para liquidar as despesas.
Nesse caso, o tipo líquido não leva em conta, por exemplo, os imóveis que a empresa tem. Mesmo que faça parte do seu patrimônio e integre o conceito de o que é capital de giro total, vender um imóvel para pagar dívidas pode levar tempo, além de ser burocrático.
Dessa forma, não é um recurso que pode ser convertido em dinheiro rapidamente, não fazendo parte do capital líquido.
Capital de giro negativo
Agora, é fácil entender o que é capital de giro negativo, pois, como indica o seu nome, trata-se de uma soma de recursos que não liquida todos os débitos.
Em outras palavras, é quando a empresa não tem dinheiro suficiente para pagar todas as suas despesas, se encontrando em uma situação de capital negativo.
Claro, não é preciso se preocupar muito, em um primeiro momento. Isso porque essa condição pode ser passageira.
Por exemplo, um fornecedor atrasou o pagamento, e o valor em caixa está negativo. Isso não significa que a empresa tem capital de giro negativo permanente, apenas naquele período calculado.
Além disso, ao liquidar outros recursos, pode existir uma conversão rápida de dinheiro para quitar a condição, se necessário.
Por outro lado, este pode ser um sinal de alerta, pois o empreendimento precisa ter uma reserva para lidar com esse tipo de situação sem que surjam preocupações.
Capital de giro próprio
Enquanto isso, o capital de giro próprio é quando a empresa consegue acumular capital suficiente sem precisar recorrer a terceiros, como empréstimos ou investimentos externos.
Basicamente, o negócio pode lidar com todos seus débitos e manter a sua produção apenas com seus recursos.
Nem sempre precisa ser dinheiro em espécie disponível para quitar as pendências, podendo ser, por exemplo, crédito na conta.
Desde que não seja decorrente de empréstimos, por exemplo, trata-se de capital de giro próprio.
Capital de giro de investimentos
Por fim, para quem procura saber o que é capital de giro de investimentos, esse conceito também é simples, se referindo ao dinheiro destinado apenas para cobrir despesas com aplicações que a empresa pretende fazer.
Por exemplo, se deseja adquirir maquinários novos, é preciso ter o valor de todas as parcelas, ou contar com recursos suficientes para quitar tudo que envolve essa ação.
Assim, qualquer melhoria ou investimento que seu negócio deseja fazer precisa de capital disponível.
Qual a diferença entre fluxo de caixa e capital de giro
Enquanto conhecer o que é capital de giro é relativamente simples, muitos gestores podem confundir esse conceito com outro semelhante, o fluxo de caixa.
Afinal, ambos tratam das finanças do negócio, e calculam os recursos disponíveis na empresa.
No entanto, existem algumas diferenças importantes entre essas duas práticas.
Isso porque o fluxo de caixa é uma projeção das receitas e despesas calculadas em um período específico no futuro.
Por exemplo, o gestor pode querer saber quais serão seus ganhos e despesas nos próximos seis meses. Nesse caso, ele avalia seu fluxo, a partir das médias anteriores.
Agora, para aprender o que é capital de giro, é fundamental ter em mente que se trata do volume necessário para pagar as dívidas imediatas da empresa. Ou seja, a capacidade de honrar com os débitos mensais.
Assim, o capital de giro não se refere a uma projeção futura de longo prazo, mas sim para o mês posterior, sendo renovado a cada ciclo.
Enquanto isso, o fluxo de caixa pode ser calculado para diferentes períodos, quando for pertinente.
Entretanto, ambos estão relacionados, pois ter capital de giro frequente e positivo permite ampliar o fluxo de caixa no futuro.
Qual a importância do capital de giro?
Saber o que é capital de giro e como ele funciona é fundamental para qualquer administrador de empresa.
Afinal, esse é o conceito que determina o valor necessário para arcar com os custos de produção do negócio, sem prejudicar suas atividades.
Ter controle e acompanhar efetivamente esses recursos é importante para ter uma gestão eficiente da empresa, evitando surpresas desagradáveis no final do mês.
Além disso, ao saber o valor do seu capital de giro, é possível verificar todas as possibilidades de complementação, tomando as decisões mais assertivas para o momento, como fazer um empréstimo ou negociar as dívidas.
Sem esse conhecimento, fica mais difícil gerenciar corretamente o seu empreendimento, e contar com uma rede de apoio contábil.
E, claro, saber o que é capital de giro permite ter conhecimento sobre outros fatores importantes que são particulares de cada empresa.
Por exemplo, quais estão sendo os gastos efetivos com cada despesa, como é possível economizar e qual o total necessário para manter a empresa funcionando, mesmo sem um faturamento estável.
Com isso, o gestor pode elaborar uma reserva de emergência mais eficiente, se preparando para eventuais adversidades.
De forma geral, o capital de giro é um dos elementos mais importante do ciclo financeiro de qualquer empreendimento, e dominar esse conceito é essencial para trabalhar com estratégias administrativas mais eficazes, e, claro, evitar dívidas no futuro.
Como calcular o capital de giro do seu negócio?
Finalmente, depois de entender o que é capital de giro e qual a sua importância, chegou o momento de aprender como calcular esse valor no seu negócio.
A princípio, trata-se da diferença entre os ativos de alta liquidez da empresa, chamados de ativo circulante, e as obrigações de curto prazo, chamadas de passivo circulante.
Basicamente, é o dinheiro disponível, ou recursos que podem ser transformados rapidamente em dinheiro, e as despesas que precisam ser pagas mensalmente.
Nesse caso, a fórmula de cálculo é:
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO = ATIVO CIRCULANTE – PASSIVO CIRCULANTE
O que é ativo circulante?
Agora, é importante saber, também, qual o conceito de ativo e passivo circulante.
A começar pelo ativo, trata-se de um bem ou direito que pode ser convertido em dinheiro em um curto prazo de tempo.
Ele recebe este nome justamente por ter maior liquidez, ou seja, pode ser transformado em dinheiro em pouco tempo.
Esse é o suporte financeiro do negócio, que permite pagar todas as despesas necessárias. Alguns exemplos comuns de ativos circulantes são:
- Estoque;
- Matérias-primas;
- Mercadorias;
- Dinheiro em caixa;
- Aplicações financeiras de curto prazo;
- Contas a receber no curto prazo.
Juntando todos esses recursos, é possível estabelecer o ativo circulante da empresa.
O que é passivo circulante?
Enquanto isso, o passivo circulante também faz parte de o que é capital de giro, sendo as obrigações que normalmente são pagas dentro de um ano, como:
- Fornecedores ou duplicatas a pagar;
- Empréstimos bancários;
- Títulos a pagar;
- Encargos sociais a pagar;
- Salários a pagar;
- Impostos a pagar.
Basicamente, tudo que o negócio precisa pagar para continuar funcionando.
Exemplo de como calcular o capital de giro
Depois de entender o que é capital de giro, ativo e passivo circulante, é possível, finalmente, definir como calcular esse valor.
Em um primeiro momento, é necessário descobrir todos os valores disponíveis, de receitas e despesas.
Considere, por exemplo, os seguintes números:
- Total na conta: R$10 mil;
- Estoque: R$10 mil;
- Conta de energia elétrica: R$2 mil;
- Salário dos funcionários: R$5 mil;
- Despesas diversas: R$3 mil.
Em seguida, é preciso separar cada ativo e passivo, e somá-los.
Entre os ativos, temos o total na conta e o estoque, totalizando 10.000 + 10.000 = 20.000 reais.
Por outro lado, os passivos circulantes são a conta de energia elétrica, o salário dos funcionários e as despesas do mês, totalizando 2.000 + 3.000 + 5.000 = 10.000 reais.
Como o capital de giro é o ativo com subtração do passivo, a conta ficaria:
Capital de giro = 20.000 – 10.000 = 10.000.
Ou seja, o valor necessário que a empresa deve ter é de R$10 mil.
Esse processo pode ser adaptado para cada negócio, que pode apresentar outros tipos de receitas e despesas, sendo importante encontrar todos eles para fazer o cálculo.
Posteriormente, o resultado ajudará a determinar a posição da empresa, e quais as decisões que são necessárias para manter as atividades funcionando.
Vale a pena saber o que é capital de giro?
Se você deseja ter total controle das finanças do seu negócio, sim, vale a pena aprender o que é capital de giro.
Conhecer bem esse conceito permite ter mais flexibilidade ao tomar decisões para a empresa, além de entender a real situação das suas despesas e receitas.
Além disso, com esse conceito, também é possível praticar a administração do fluxo de caixa, por exemplo, o que torna a contabilidade da empresa mais saudável.
Por esse motivo, é recomendável entender o que é capital de giro e como ele funciona, para saber como utilizá-lo corretamente no dia a dia das suas atividades.
Para isso, é possível usar, também, outras ferramentas de gestão financeira, que facilitam o entendimento e aplicação de diferentes conceitos que otimizam seus recursos e evitam que você tenha dívidas no futuro.
